terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Vice de SC desiste de assumir o governo em janeiro
Divulgação
Denunciado pelo Ministério Público sob a acusação de corrupção passiva, o vice-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB), alterou os seus planos.
Combinara com o governador, Luiz Henrique (PMDB), que assumiria o governo catarinense em 5 de janeiro.
Candidato ao Senado, Luiz Henrique anteciparia em três meses o seu desligamento do cargo, previsto em lei para o final de março.
No final de semana, em telefonema ao governador, Pavan comunicou sua decisão de dar meia-volta. Alegou que precisa de tempo para preparar sua defesa.
É acusado de tentar beneficiar uma empresa distribuidora de combustíveis que tentava reaver a incrição estadual, cassada pelo fisco catarinense.
Investigação da Polícia Federal concluiu que a operação, frustrada graças à reação de servidores, envolveu o pagamento de propina de R$ 100 mil.
O ministério Público do Estado acatou as conclusões da polícia, convertendo-as em denúncia, já protocolada no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
O tucano Pavan reconhece ter recebido representantes da empresa enrolada. Mas nega o malfeito de que é acusado.
Em abril, depois da saída de Luiz Henrique, terá de assumir o governo de qualquer jeito. A opção seria a renúncia, que parece não cogitar.
Ao contrário, Pavan tenta empinar, a despeito da denúncia, uma candidatura a governador.
Submete o seu nome à consideração da chamada tríplice aliança, um arranjo partidário que reúne em torno do governo local PMDB, DEM e PSDB.
É improvável, porém, que Pavan prevaleça. Antes do rolo, seu nome já não parecia o mais forte. Depois, tonificaram-se as pretensões de outro candidato.
Chama-se Raimundo Colombo. É senador pelo DEM. Seja qual for o candidato, o grupo reunido em torno do pemedebê Luiz Henrique é avesso ao PT.
Deve oferecer palanque no Estado ao presidenciável oposicionista José Serra, do mesmo PSDB do denunciado Pavan.
Escrito por Josias de Souza às 05h25
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