Edemilson Paraná
Do UOL Notícias
Em Brasília
A volta dos trabalhos da CPI da Corrupção, que estava marcada para a manhã desta quarta-feira (24), foi adiada mais uma vez pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. Desta vez, por conta da renúncia do ex-governador interino Paulo Octávio.
A renúncia de Octávio muda o cenário e os distritais precisam reorganizar suas estratégias de ação. O maior dos temores é a intervenção federal, que poderia dissolver a atual legislatura da Casa.
Uma nova reunião está marcada para as 14h30. O objetivo será discutir o andamento dos trabalhos da CPI e a nova composição das comissões da Casa, com destaque para a Comissão de Ética, que irá julgar os processos de quebra de decoro parlamentar dos deputados envolvidos no esquema de corrupção. A expectativa é de que os trabalhos da CPI sejam retomados até amanhã.
O clima é de corrida contra o tempo. Pressionados, os deputados tentam mostrar trabalho para evitar a intervenção federal. “A Câmara começa a tomar atitudes em função da pressão do Judiciário. Essa pressão fará os pedidos de impeachment andarem rápido. Os deputados precisam transformar em ação o discurso contra a intervenção”, disse Cabo Patrício (PT), presidente em exercício da Câmara Legislativa do DF.
Intervenção federal
A possível dissolução da Câmara Legislativa toca em um ponto sensível ao deputados: os planos de reeleição. Para não perderem seus mandatos, oposição e base aliada se unem para evitar a intervenção federal.
Até o PT, principal partido de oposição ao governo, manifestou sua intenção de colaborar com a viabilidade do governo interino. “O PT é oposição mas não vai fazer cavalo de batalha com o governo. Vamos fazer uma oposição transparente. Essa foi a decisão da executiva do partido”, disse Cabo Patrício.
Ontem (23), os distritais se reuniram com o novo governador interino e ex-presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima (PR), para reforçar o apoio à sua manutenção no cargo. Eles pedem que o governador interino tome medidas enérgicas capazes de mostrar ao Judiciário que o governo está em pleno funcionamento.
“Dissemos para ele [Wilson Lima] que será preciso suspender contratos e pagamentos, fazer auditoria nas contas e tomar medidas para mostrar que o Executivo ainda funciona e evitar a intervenção”, disse Patrício.
Os cidadãos brasilienses não merecem suportar tanta corrupção. Chega a ser nojento e humilhante perante as demais nações do planeta, que a Capital do nosso País fique nas mãos de pessoas inescrupulosas, que tentam de todas as formas se agarrar no poder que a tudo permite. Essa conversa de procurar ajustar as coisas para que haja governabilidade é um grande embuste. É preciso higienizar Brasilía para o seu povo trabalhador e pagador de impostos. Que haja a intervenção federal sim.
ResponderExcluirLuiz Carlos Nogueira
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