Operação foi batizada de 'Lixo Tóxico' e cumpre 24 mandados judiciais.
Empresas importavam baterias usadas para reciclar e revender, diz PF.
A Polícia Federal (PF) cumpre uma operação na manhã desta quarta-feira (21) para combater crimes de corrupção ativa, poluição ambiental, contrabando e associação criminosa em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
A ação foi batizada de "Lixo Tóxico" e cumpre 20 mandados de busca e apreensão, quatro de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, além de ordens de intimação para prestar esclarecimentos. Duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma e mais de 10 mil baterias foram apreendidas.
De acordo com as investigações, empresas que atuam no ramo de comércio automotivo importavam baterias usadas do Paraguai para reciclar e revender na sequência de forma clandestina. "Tal prática é proibida por lei, em razão da toxidade das substâncias que compõem interna e externamente as carcaças de baterias veiculares. Além disso, sem autorização, algumas dessas empresas armazenavam tais sucatas em local impróprio e de forma incorreta", diz a PF.
Exames feitos pela perícia constataram vazamentos de ácido-sulfúrico e de chumbo, que são substâncias cancerígenas, no solo, que podem levar à contaminação do lençol freático, rios e da água consumida pela população.
A PF disse ainda que alguns dos empresários investigados tentaram subornar as autoridades da fronteira oferecendo dinheiro em troca da omissão no serviço, mas que não tiveram sucesso.
A PF disse ainda que alguns dos empresários investigados tentaram subornar as autoridades da fronteira oferecendo dinheiro em troca da omissão no serviço, mas que não tiveram sucesso.
Quer saber mais notícias da região? Acesse o G1 Oeste e Sudoeste.