sexta-feira, 29 de julho de 2011

O que Publicam os Principais Jornais do País, nesta sexta-feira (Radiobras)

O Globo

Manchete: Ficha limpa? - Mulher de novo coordenador do Dnit representa empresas
Marcelino e Sonia Rosa são chamados em Brasília de 'casal Dnit'

Promovido a coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Dnit, o servidor de carreira Marcelino Augusto Rosa comanda serviços milionários no órgão com empresas representadas por sua mulher, Sônia Lado Duarte Rosa. Ele também responde a processo disciplinar na Controladoria Geral da União (CGU) por suposto favorecimento a empreiteiras. Sônia é procuradora de oito empresas, a maioria responsável por sinalização de rodovias. Graças a aditivos, algumas conseguiram dobrar o valor de seus contratos nos últimos anos. Sônia e Marcelino são chamados de "casal Dnit" em Brasília. Ela nega favorecimento e diz que "é uma coisa comum" parentes de servidores do Dnit atuarem no órgão. Ontem, mais um diretor foi afastado, e a autarquia hoje está sem um diretor sequer. (Págs. 1, 3 e 4)
Filme sérvio é vetado agora em todo o país
Ministério da Justiça recusou-se a dar uma classificação indicativa para o filme sérvio "A Serbian film - Terror sem limites", o que, na prática, impede sua exibição no país. Uma decisão definitiva dependerá de parecer da Consultoria Jurídica da pasta sobre o filme, acusado de incentivar a pedofilia e que já tivera sua exibição suspensa no Rio, por liminar obtida pelo DEM. (Págs. 1 e 11)
Férias de 60 dias de juízes causam revolta
Estudiosos do sistema judiciário, trabalhadores em geral e centrais sindicais reagiram ontem à defesa, por associações de juízes, das férias de 60 dias para a categoria. Todos acham que magistrados são trabalhadores como os demais e não podem ter privilégios. (Págs. 1, 9 e Dos Leitores)

Presidente da Petrobras diz que 'o problema do Rio são os cariocas' (Págs. 1 e 23)

BC admite que inflação só ficará perto de centro da meta em 2013 (Págs.. 1 e 19)

Vendas para China puxam alta de 126% no lucro da Vale no 1º semestre (Págs. 1 e 24)

Peru: oposição vaia Humala em posse
O novo presidente do Peru, Olanta Humala, tomou posse jurando sobre a Constituição de 1979, e não a vigente, elaborada durante a ditadura de Alberto Fujimori, sendo vaiado por opositores. Alan García, que deixou o governo, polemizou ao não entregar a faixa a Humala. (Págs. 1 e 26)
Prato do brasileiro tem feijão, arroz e poucos nutrientes (Págs. 1 e 28)

César Maia e Gabeira devem ser candidatos a vereador do Rio (Págs. 1 e 10)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Dilma teme 'insensatez' e vê ameaça de crise global
Presidente critica 'incapacidade' de EUA e Europa e pede união a vizinhos

Em meio a turbulência econômica no hemisfério Norte, a presidente Dilma Rousseff disse que a "insensatez" e a "incapacidade política" dos EUA e da União Europeia para resolver suas crises são "ameaça global".

"Esse quadro onde a insensatez é a regra só reforça a necessidade de nossa união", afirmou Dilma a nove presidentes sul-americanos, em encontro da Unasul em Lima. Países do grupo farão na próxima semana reunião para discutir ação conjunta contra a crise. (Págs. 1, Poder A4 e Mundo A16)
Aviação doméstica do país é a que mais cresce
O Brasil foi o país que teve maior alta em receita com passageiros na aviação doméstica no primeiro semestre deste ano em relação a 2010. O crescimento (19%) superou o da Índia (17,7%) e o da China (7,8%). A média mundial ficou em 4%.

A oferta de assentos no período também subiu, mas em ritmo menor - 11,7%. (Págs. 1 e Mercado B1)
Brasileiro ingere muita caloria e pouco nutriente
A dieta do brasileiro é rica em calorias e pobre em nutrientes, aponta pesquisa do IBGE. O cardápio tem menos frutas, verduras, leite e fibras que o recomendado e excesso de biscoitos e refrigerantes - combinação que eleva risco de hipertensão o brasileiro precisa diminuir consumo de sódio e açúcar, avalia André Martins, do IBGE. Segundo ele, um dos "vilões" é o refrigerante, um dos cinco mais consumidos. (Págs. 1 e Saúde C12)
Foto legenda: Birra
Alan Garcia dá faixa presidencial a militar e não vai a posse de Ollanta Humala, que depois a recebe do chefe do Congresso peruano. (Págs. 1 e Mundo A12)
Apagão atinge 700 mil na zona oeste paulistana
Um apagão de uma hora afetou 700 mil pessoas em Pinheiros, Perdizes e Vila Madalena, na zona oeste de SP. Passageiros ficaram presos na linha 4 do Metrô.

A Eletropaulo atribuiu o corte de energia a uma falha em uma subestação de outra empresa. (Págs. 1 e Cotidiana C1)
Gilberto Kassab
PSD lamenta e repudia coleta ilegal de apoios. (Págs. 1 e Opinião A3)
Poder
Com alta de 55%, lucro da Vale vai a R$ 10,27 bilhões (Págs. 1 e A1l)

Mônica Bergamo
Convênios terão de bancar mais 50 procedimentos médicos. (Págs. 1 e E2)

Editoriais
Leia "Brasil moreno", sobre a classificação oficial do IBGE para definir a cor da pele, e "Tutela descabida", acerca de censura a um filme sérvio no Brasil. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Desaceleração faz BC acenar com fim da alta dos juros
Ata do Copom diz que as medidas para conter a inflação terão impacto acentuado; mercado duvida

O Banco Central sinalizou que o ciclo de alta dos juros pode ter chegado ao fim diante de um quadro "mais favorável" para a inflação no curto prazo, da desaceleração econômica em curso e das incertezas "crescentes" sobre o ritmo de recuperação global. A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, diz que as medidas já tomadas para controle dos preços e do crédito vão ter impacto mais acentuado nos próximos meses. Economistas não entenderam a mensagem desse jeito e apostam que o Copom só vai cumprir sua tarefa de entregar a inflação na meta em 2013. Fontes do governo, entretanto, consideraram exagerada essa avaliação. (Págs. 1 e Economia B1)

Dólar volta a se valorizar

Desde que o governo agiu no câmbio, na quarta, a moeda subiu 2% e fechou a R$ 1,569. (Págs. 1 e Economia B4)
País lidera expansão global do setor aéreo
Com taxa de 19% ao ano, o Brasil tem a maior expansão do setor aéreo no mundo, à frente de China, Índia, EUA e Europa. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), porém, alerta que para evitar paralisia do setor e continuar crescendo, o País deve se organizar e investir pesadamente. (Págs. 1 e Economia B14)
Brasileiros comem muito e mal, mostra IBGE
O brasileiro não abre mão do feijão com arroz e tem carne no prato, mas combina o trivial com uma alimentação de alto índice calórico e baixo teor nutritivo. E ainda abusa do sal e do açúcar. É o que revela a Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, realizada pela primeira vez pelo IBGE. Segundo a pesquisa, apenas um entre dez brasileiros come as 400 gramas diárias de frutas, verduras e legumes recomendadas pelo Ministério da Saúde. (Págs. 1 e Vida A16)

Colunista: Ignácio de Loyola Brandão

Fritando linguiça na banha de porco

Pobres têm o sentido aguçado para comida, com um impacto jamais esquecido. A cozinha de uma época em que nada havia no Brasil. Matava-se frango na hora. Era corriqueiro. O politicamente correto não existia. (Págs. 1 e Caderno 2, D8)
Internação de menor drogado tem aval jurídico
Um parecer da Procuradoria Geral do Município deu aval jurídico para a adoção da internação compulsória de meninos de rua usuários de droga em São Paulo. A decisão depende agora do prefeito Gilberto Kassab. (Págs. 1 e Cidades C1)

Novo presidente do Peru toma posse e copia Lula (Págs. 1 e Internacional A15)

Fifa se exime no uso de verba pública em sorteio (Págs. 1 e Esportes E1)

Honda anuncia recall de 102 mil carros Civic (Págs. 1 e Economia B14)

Nelson Motta
Sindicato dos estudantes

Se o futuro do Brasil está nas mãos dos estudantes e quem os representa é a UNE, então é bom começar a pensar em um plano B. (Págs. 1 e Nacional A10)
Notas & Informações
O novo pacote cambial

As novas medidas podem funcionar em caráter emergencial, mas o governo tem de fazer sua parte. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: O perigo chega à mesa do brasileiro
Bombardeada pela publicidade, nova classe média troca o feijão com arroz por produtos industrializados que antes não consumia. Professora da UnB alerta para a necessidade de uma política alimentar no país

Nos últimos anos, quase 40 milhões de brasileiros passaram a integrar a classe média. A ascensão, porém, não foi assim tão benéfica no que diz respeito à alimentação. À medida que a renda cresce, revela pesquisa do IBGE, o consumo de alimentos de alto teor calórico e baixo valor nutritivo entre essas pessoas vai subindo.“Elas são bombardeadas pela publicidade, o que gera um anseio de consumo por produtos dos quais eram privadas”, avalia Elizabetta Recine, professora do curso de nutrição na UnB. Entre os principais problemas alimentares no país está a ingestão excessiva de açúcar e gordura saturada e o consumo insuficiente de fibras. Esse padrão alimentar de baixo teor nutricional, encontrado principalmente em estabelecimentos de fast food, pode acarretar consequências danosas, como obesidade e doenças crônicas. (Págs. 1 e 6)
BC interrompe alta dos juros. Dólar sobe de novo (Págs. 1, 8, 9 e Visão do Correio, 12)

A cada dia, 32 mulheres são espancadas em Brasília
Foram oito anos de agressões, um dedo e 13 dentes quebrados pelo marido. Mas, no dia em que ele agarrou a filha mais nova e ameaçou jogá-la contra a parede, a mulher de olhos verdes resolveu dar um basta e o denunciou. Dramas como o de Sabrina*, de 27 anos, se repetem com frequência assustadora no DF. Em média, por dia, 32 vítimas de violência procuram a Delegacia da Mulher para denunciar o companheiro. (Págs. 1, 22 e 23)
STJ exige valorização dos concursos
Ministro que determinou a substituição de um funcionário terceirizado propõe mudanças na lei, reduzindo a contratação de temporários. (Págs. 1 e 10)
UnB suspende a segunda chamada
A nova convocação do vestibular foi adiada para 1º de agosto devido ao elevado número de liminares para registro de alunos sem diploma do ensino médio. (Págs. 1 e 24)
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Valor Econômico

Manchete: Concessões de elétricas devem ser prorrogadas
Mesmo com todo o desgaste político que poderia advir da decisão, que encontra resistências na área empresarial, o governo está convencido de que o melhor caminho para o setor energético é mudar a legislação e prorrogar as concessões de hidrelétricas, distribuidoras e redes de transmissão que vencem a partir de 2015.

O próprio presidente da estatal Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, deixou de lado a neutralidade e passou a defender no governo a prorrogação das concessões. "Para o benefício do país, a renovação é o melhor caminho", disse Costa ao Valor. (Págs. 1 e A3)

Tesouro dos EUA vai pagar títulos antes
O Tesouro dos EUA dará prioridade ao pagamento de juros aos detentores de títulos governamentais no vencimento, caso o Congresso não chegue a acordo para elevar o teto de endividamento do país, segundo uma fonte do governo. O Tesouro informou que cerca de US$ 90 bilhões em dívidas vencem em 4 de agosto e a conta total de vencimentos no próximo mês chega a US$ 500 bilhões. Autoridades do governo Obama falarão hoje publicamente, após o fechamento dos mercados, sobre as prioridades para pagamento do Tesouro, caso o limite de US$ 14,3 trilhões não seja elevado. (Págs. 1 e A11)
Mercado surpreso e desorientado
O pacote cambial focado no mercado de derivativos surpreendeu e desorientou o sistema financeiro. Por isso, o Ministério da Fazenda decidiu adiar para 5 de outubro o recolhimento do IOF sobre as posições vendidas em derivativos cambiais. A postergação, embora a cobrança tenha entrado em vigor ontem, foi um pleito de instituições financeiras em reunião na quarta-feira com integrantes da equipe econômica. BM&FBovespa e Febraban, que lideram a interlocução, deixaram em Brasília uma lista de dúvidas sobre a abrangência, objetividade e operacionalidade da medida. As fontes do mercado financeiro consultadas pelo Valor afirmam que há muitas dificuldades técnicas e jurídicas para a execução do pacote. (Págs. 1, C1 e C3)
Dilma deu sinal verde a medidas duras
Na terça-feira, quando o dólar bateu em R$ 1,537, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foram ao Palácio do Planalto, almoçaram com a presidente Dilma Rousseff e saíram de lá autorizados a agir duro no mercado de derivativos cambiais.

A Medida Provisória 539 já estava rascunhada. Pela sua natureza sigilosa, não seria possível consultar agentes do mercado nem câmaras de compensação (BM&F e Cetip) para saber das dificuldades para cobrar o novo tributo. Editou-se a MP com vigência imediata para, após conversa com os representantes do sistema financeiro, se fixar um período de adaptação. O governo tem pressa, pois prevê que o agravamento da crise europeia trará riscos para o Brasil. (Págs. 1 e A2)
Credit Suisse paga mais por 49% da Griffo
O banco Credit Suisse terá de desembolsar duas vezes mais em real ou três vezes mais em dólar, dependendo da moeda usada, para adquirir os 49% da gestora Hedging-Griffo que restam nas mãos de acionistas minoritários, comparado ao que pagou há cinco anos.

O grupo suíço adquiriu 50% mais uma ação da gestora Hedging-Griffo por US$ 294 milhões ou cerca de R$ 635 milhões, e ficou com a opção de comprar o restante em cinco anos. Agora, o Credit Suisse estima que o custo para exercitar sua opção este ano seja de R$ 1,27 bilhão ou US$ 856,2 milhões. O banco explica que os acionistas têm o direito de vender as ações a um preço baseado no desempenho da subsidiária - que tem sido bom. (Págs. 1 e C10)
Foto legenda: Plano ambicioso
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, diz que o novo programa de investimentos da companhia é "o maior plano de negócios do mundo". Ele admitiu que pode voltar à política. (Págs. 1 e D5)
Bases sólidas para Dilma no Senado
O esforço do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para eleger maioria estável no Senado, sua maior fonte de problemas, deu resultado. A média de apoio aos projetos de interesse do governo de sua sucessora, Dilma Rousseff, fechou o semestre em 55,18% dos votantes. A média do segundo mandato de Lula foi de 48,66%. Das 18 votações no plenário do Senado, o governo ainda não perdeu uma sequer. Na Câmara, a presidente manteve o apoio obtido pelo ex-presidente com um índice também superior aos 50%. Dos partidos da base, o PDT, do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, foi o segundo menos fiel ao governo. Na análise das bancadas dos Estados, aqueles governados pela oposição, como São Paulo e Rio Grande do Norte, estiveram entre os que mais votaram contra o governo. (Págs. 1 e A14)
Rússia e Brasil perto de acordo para carnes
O Brasil deverá aceitar a nova oferta da Rússia para a entrada de suas carnes no mercado desse país, em troca do apoio brasileiro para Moscou ingressar na OMC. O acordo pode ajudar a pôr fim ao embargo temporário a carnes de 85 frigoríficos brasileiros.

Pela oferta, a Rússia acaba com a discriminação geográfica nas cotas para carne suína e cria cota de 400 mil toneladas/ano até 2020. Para bovinos, oferece cota de 410 mil toneladas para "outros países", da qual o Brasil pode abocanhar quase tudo. Para o frango, a cota global será de 250 mil toneladas. (Págs. 1 e B12)
Presos na alfândega
Minimizados pelos governos, continuam os problemas comerciais com a Argentina. Há 6,5 mil aparelhos eletroeletrônicos retidos na alfândega argentina. Cristina Kirchner visita hoje o Brasil. (Págs. 1 e A4)

Desaceleração paulista
A atividade da indústria de transformação paulista teve forte desaceleração no primeiro semestre do ano, ao crescer apenas 3,4% sobre mesmo período de 2010. A variação é praticamente um terço da registrada no ano passado. (Págs. 1 e A4)
Investimentos no Ceará
Até o fim de 2014, os investimentos no Ceará devem ultrapassar R$ 30 bilhões, incluindo US$ 11 bilhões para a instalação da refinaria premium II, da Petrobras. (Págs. 1 e Relatório Especial Ceará)
Emergentes ajudam Casino
Os países emergentes já representam 44% das vendas do grupo francês Casino, sócia do Pão de Açúcar. Foram justamente esses mercados que permitiram a forte progressão de 18,8% do faturamento da varejista francesa. (Págs. 1 e B4)
Interesse pela América Latina
A economia europeia em crise e o mercado de emergentes em expansão fizeram a Veolia, de tratamento de água, se voltar à América Latina, que responde por apenas 8,1% das receitas globais. (Págs. 1 e B8)
Empresas menores exportam
Apesar do câmbio, pequenas e médias empresas buscam elevar suas exportações, principalmente para países ricos. Um dos caminhos é exportar com ajuda de companhias de serviços de logística, como a DHL, diz Juliana Vasconcelos. (Págs. 1 e Relatório Pequenas e Médias Empresas)

Credores do Banco Santos
O comitê de credores do Banco Santos pediu a Justiça que marque uma assembleia geral para as 1.944 empresas e pessoas que aguardam a quitação de seus créditos pela massa falida da instituição. (Págs. 1 e C10)
Ideias
Luiz Carlos Bresser-Pereira

Governo deveria enviar projeto de lei ao Congresso proibindo que o Estado assine contratos com cláusula de indexação. (Págs. 1 e Al3)
Ideias
Yu Yongdint

Problemas econômicos da China são mais estruturais que cíclicos e, sem mudanças, os próximos cinco anos serão difíceis. (Págs. 1 e A13)
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Estado de Minas

Manchete: Estamos comendo muito mal
Noventa por cento dos brasileiros comem menos frutas, verduras e legumes do que o recomendado (400 gramas diários) pelo Ministério da Saúde. Faltam vitaminas, fibras e cálcio à mesa, segundo estudo do IBGE, que joga por terra o mito de que a má alimentação ocorre em restaurantes e lanchonetes. É dentro de casa que se consomem 84% das calorias. Depois do café, o arroz e o feijão são os preferidos e equilibram a dieta. O problema está na escolha errada dos complementos com poucos nutrientes e excesso de sal, açúcar e gordura. No caso do sal, 79% da população entre 19 e 59 anos consomem mais que o aceitável pela Organização Mundial de Saúde (5g por dia). (Págs. 1, 25 e Editorial ‘Morrendo pela boca’, 10)
Cartas ao presidente
Estado de Minas tem acesso ao acervo de correspondências enviadas a Itamar Franco no Palácio do Planalto

Linhas de desabafo e de esperança. Assim, milhares de pessoas registraram num dos períodos mais conturbados da história do Brasil seus anseios e temores com o futuro do país. Cartas enviadas a Itamar Franco desde o início de sua carreira política revelam apreensão quanto ao aumento da violência no país e também alegria com os novos rumos da economia naquela época. Em acesso exclusivo aos documentos, o Estado de Minas descobriu casos como o de Edvando José Baêta (D), que em 1994 escreveu a Itamar apoiando o recém-lançado Plano Real e criticando os juros das prestações de financiamento de imóveis. “Meu entusiasmo não foi à toa. Nossa moeda hoje é forte”, comemora Edvando, orgulhoso também por ter quitado as parcelas da compra da casa própria. (Págs. 1, 3 e 4)
Mortos no Peru: Familiares de engenheiros cobram explicações
Parentes descartam versão do embaixador brasileiro de que mineiro e paulista teriam morrido de frio no Norte do país. Eles acreditam em assassinato, apesar de corpos não terem sinal de violência. (Págs. 1, 19 e 21)
101 mil Hondas Civic no Brasil terão recall (Págs. 1 e 15)

Mercado: Dólar tem segunda alta consecutiva
Moeda americana subiu 0,64% e fechou a R$ 1,569, ontem, ainda sob o impacto das medidas do governo para conter especulação. Impasse no Congresso dos EUA sobre o teto da dívida também desestabiliza o mercado e deixa importadores apreensivos. (Págs. 1 e 12)
Pesquisa: Brasileiros entre mais deprimidos
Estudo da OMS revela que há 121 milhões de pessoas com depressão no mundo. Brasil lidera lista da prevalência da doença em países em desenvolvimento. (Págs. 1 e 26)
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Jornal do Commercio

Manchete: Crianças do tráfico
Polícia desmontou ponto de distribuição de crack em Rio Doce, e no local estavam garotos de 11 a 17 anos, aliciados por dois homens, que foram presos. Na casa onde viviam, foram apreendidas armas de grosso calibre e 3.300 pedras. (Págs. 1 e Cidades 2)
Transnordestina terá pátio de cargas em Suape (Pág. 1 e Economia 1 e 2)

Brasileiro está se alimentando muito mal (Págs. 1 e 11)

Levantamento traz reação ao casamento gay (Págs. 1 e Cidades)

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Zero Hora

Manchete: Força da chuva emite alerta contra cheias
Defesa Civil está atenta ao nível dos rios, parte dos quais já se encontra acima do volume normal devido às chuvaradas da semana passada no Estado.

Foto legenda: Precipitação, que deve continuar até a próxima semana, já fez de julho o mês mais chuvoso em 10 anos na Capital (foto). (Págs. 1, 35 e 40)
Radicalismo: Ultradireita se identifica com ideias de matador
Partidos condenam ataque de norueguês, mas aprovam seu manifesto. (Págs. 1, 4 e 5)
Saúde mental: Cai número de suicídios no Estado (Págs. 1 e 32)

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Brasil Econômico

Manchete: Novas marcas avançam sobre velhas montadoras
Fiat, VW, Ford e General Motors perdem 3 pontos percentuais de vendas no primeiro semestre

Cada ponto percentual representa 35 mil automóveis vendidos. Montadoras menores, em especial francesas e asiáticas, aumentam rapidamente sua presença no país. A Districar, representante das asiáticas Haima, Chana, SsangYong e JMC, por exemplo, vai investir R$ 300 milhões em fábrica no Brasil. Local de instalação deve ser anunciado em dois meses. Foton Aumark, principal montadora de caminhões da China, já tem veículos em teste por potenciais clientes. (Págs. 1 e P4)
Brasil terá de importar gasolina até 2015
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirma que,como crescimento acelerado das vendas de veículos, a estatal não terá como atender à demanda interna e vai ser obrigada a importar gasolina neste e nos próximos quatro anos. (Págs. 1 e P12)
Sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo é marcado por crise
Durante o evento, o governador Sérgio Cabral terá a oportunidade de reverter a agenda negativa que tomou rumos políticos com as declarações do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e atrasos nas obras de infraestrutura. (Págs. 1 e 22)
Vale lucra R$ 10,2 bi no trimestre e projeta alta nos preços do minério
Resultado representa aumento de 54,9% ante os R$6,63 bilhões do lucro líquido registrado no segundo trimestre de 2010. A forte expansão chinesa, confia a mineradora, deve garantir rendimento maior neste semestre. (Págs. 1 e P40)

Risco inflacionário com elevação do dólar está descartado
Na avaliação de economistas e membros da equipe econômica, a alta da moeda americana em razão do pacote cambial, anunciado na quarta-feira, não aumenta a chance de ocorrer uma escalada nos preços. (Págs. 1 e P28)
Distribuição de rendimentos valoriza fundos imobiliários
O valor de mercado dessas carteiras tende a ser maior quanto mais repasse de renda aos cotistas é feito a cada mês. Lançado em 2010 a R$ 100, o BC Fund é um exemplo. Depois de propor elevar os proventos, as cotas chegaram a atingir R$ 110. (Págs. 1 e P30)
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domingo, 24 de julho de 2011

Peluso: Corpo estável de servidores deve gerir Estado

  Valter Campanato/ABrInstado a comentar o escândalo do Ministério dos Transportes, o ministro Cezar Peluso, presidente do STF, insinuou que o Brasil deveria imitar a França.
Cuidadoso, Peluso disse: “Não é o Judiciário que vai dizer como é que os políticos têm que tratar essa questão dos cargos públicos.” Mas não resistiu à tentação de opinar:
“Um corpo mais estável de servidores públicos, como sucede, por exemplo, na França, onde eles são preparados na Escola Nacional de Administração, é muito melhor para a eficiência do Estado”.
Na França, prosseguiu o ministro, os servidores  “são preparados para todas as funções do Estado, inclusive para a diplomacia.”
Cria-se, segundo ele, “um corpo estável de servidores públicos, intelectualmente muito bem preparado para operar a máquina extremamente complexa do Estado”.
“Acho que é alguma coisa que pode ficar para a meditação dos políticos” brasileiros, Peluso sugeriu.
Não será, obviamente, ouvido. No modelo brasileiro, os políticos operam para se assenhorar do Estado. O aperfeiçoamente da máquina inibiria o saque.
Entrevistado pela repórter Catarina Alencastro, o presidente do Supremo foi instado a comentar a outra ponta do flagelo: a dificuldade de reaver as verbas surrupiadas.
Peluso deu a entender que, nessa matéria, os colarinhos brancos são mais eficientes do que a máquina estatal. Por quê? “Por uma série de fatores”, disse.
“Primeiro, há uma complexidade em apurar, fazer provas, etc. Quando as responsabilidades são fixadas, você tem que encontrar o patrimônio do responsável…”
“…E isso demanda outras investigações, porque as pessoas que fazem isso não deixam o dinheiro à mostra para todo mundo…”
“…Ou mandam para o exterior, ou põem em nome de laranjas ou usam de outros meios para seconder…”
“…É preciso novos expedientes de investigação para identificar e localizar esses bens. Muitas vezes esses bens são localizados no exterior…”
“…Aí você entra com um terceiro fator: que o país e as agências daquele país colaborem. Não é simples.”
E quanto à parcela de culpa do Judiciário? Bem, Peluso aproveita para fazer a defesa de sua proposta de emenda constitucional, que inibe os efeitos dos recursos judiciais.
Contra a opinião de alguns de seus próprios pares, Peluso propõe que as sentenças do Judiciário passem a ser executadas a partir das decisões de segunda instância.
“Há muitas pessoas que não vão hoje à Justiça porque sabem que é demorada, que tem que gastar dinheiro…”
“[…] Como está hoje, esse excesso de processos, a coisa anda em um círculo vicioso, porque isso continua assim…”
“…Se as sentenças começarem a produzir efeito mais rapidamente, todo mundo sai ganhando…”
“…Não apenas aqueles que vão a Juízo, mas aqueles que hoje não vão porque acham que não vale a pena. Esses passarão a ir a Juízo, se julgarem necessário”.
Peluso exagera ao dizer que “todo mundo sai ganhando” com a aceleração do rito processual.
Perdem os advogados, cujos lucros cairão na proporção direta da redução do número de recursos.
Perdem também os 90% que ingressam na política para roubar e para conferir aos 10% restantes uma péssima fama.
Para desassossego dos que ganham, os causídicos e seus clientes usufruem de voz e poder. A clientela, diga-se, é quem vai votar a proposta de Peluso no Congresso.
Isso, naturalmente, se a emenda vier a ser votada um dia.

Escrito por Josias de Souza às 06h36

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O que Publicam os Principais Jornais do País, nesta quarta-feira

O Globo

Manchete: A tragédia da corrupção - Dilma amplia faxina e varre mais seis nos Transportes
Demitidos são ligados ao PR, que cobra a saída de diretor do PT

Depois de afastar sete pessoas do Ministério dos Transportes por denúncias de corrupção, incluindo o ex-ministro Alfredo Nascimento, a presidente Dilma Rousseff demitiu mais seis ontem, todas ligadas ao PR. O partido reagiu cobrando também a demissão de um petista, o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Hideraldo Caron. Um técnico dos Transportes explicou que as demissões de ontem - três servidores dos Transportes e outros três ligados ao Dnit - quebram a "espinha dorsal" de dois grupos que estavam à frente do órgão. Luiz Antonio Pagot, o diretor-geral afastado que será demitido do Dnit quando voltar de férias, se disse "constrangido e indignado' com a crise. A oposição tenta convocar o atual ministro, Paulo Sérgio Passos, para se explicar no Congresso ainda durante o recesso. (Págs. 1, 3, Merval Pereira e Editorial "Causas da letargia diante da corrupção")
Varejão e Fatureto encabeçam a lista
Entre os demitidos ontem no Dnit estão Luiz Cláudio Varejão, coordenador de Operações Rodoviárias e ligado ao diretor de Infraestrutura, Hideraldo Caron, e Mauro Sérgio Fatureto, coordenador-geral de Administração e próximo do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. (Págs. 1 e 3)
Uma obra sem fim
Controlada pelo diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, o petista Hideraldo Caron, a obra de duplicação da BR-101, entre Palhoça (SC) e Osório (RS), acumula 23 contratos em seis anos, 268 termos aditivos e gastos de quase R$ 2 bilhões, com suspeitas de irregularidades. (Págs. 1 e 12)
Inidônea. E daí?
Apesar de o site do próprio Dnit ter recomendação expressa contra contratos e licitação com a empresa Eram (Estaleiro do Rio Amazonas), um órgão vinculado à autarquia fez oito aditivos em acordo com a firma, considerada inidônea e cujo sócio já foi condenado por crimes como lavagem de dinheiro. (Págs. 1 e 4)

Obras do PAC na Rocinha desaceleram
Mais de três anos depois, a construção de dois planos inclinados, de um mercado popular e de uma creche, além da reurbanização do Largo dos Boiadeiros, parou no meio do caminho. (Págs. 1 e 14)
Cem rios estão em situação ruim ou péssima no Brasil (Págs. 1 e 34)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Faxina derruba mais 6 nomeados dos Transportes
Cinco dos exonerados são ligados ao PR e um ao PT; diretor petista do Dnit também deve ser afastado nesta semana

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, demitiu mais seis servidores, dois deles do Dnit (que cuida de obras nas estradas).
Cinco afastados são ligados ao deputado Valdemar Costa Neto e ao ex-ministro Alfredo Nascimento, ambos do PR, que controla a pasta. (Págs. 1 e Poder A4 e A8 )

José Simão
Dilma tá demitindo tanto que o Dnit deveria mudar pra Dmit! Dmit todo mundo! (Págs. 1 e Ilustrada, E13)

Lula teme que estilo de Dilma a isole da base governista (Págs. 1 e Poder A8)
Desemprego cai para 6,2%, melhor junho em nove anos
A taxa de desemprego registrada pelo IBGE em junho foi de 6,2%, a menor para o mês em nove anos. A renda dos trabalhadores também aumentou - 3,8% no primeiro semestre.
Esses números mostram um mercado aquecido e indicam que o Banco Central deve aumentar os juros hoje para segurar o consumo.
A arrecadação de tributos federais no semestre foi de R$ 471,3 bilhões, alta de 12,68%. (Págs. 1 e Poder A10 e A11)
Esportes
Acordo é fechado e Itaquerão custará R$ 820 milhões. (Págs. 1 e D3)
Câmara aprova plano que deve ser vetado pela Casa Branca
Os deputados dos EUA aprovaram plano que prevê cortes severos em gastos sociais e limita as despesas do governo a menos de 20% do PIB. O projeto condiciona aos cortes o "sim" para elevar o teto da dívida do país.

A aprovação é um ato da maioria republicana para marcar posição. Obama deve vetar o plano. (Págs. 1 e Mundo A14)
Mark Weisbrot
Já passa da hora de o Brasil retirar as tropas do Haiti

Brasil não é império e não tem razão para ser parceiro dos EUA na brutal ocupação do Haiti. Já passa da hora de sair. (Págs. 1 e Mundo A16)
Boa notícia
No RS, quem passar trote em resgate tem de pagar custos. (Págs. 1 e Cotidiano C7)
Editorais
Leia "Muito além da notícia", sobre o escândalo no Reino Unido, e "Procuram-se médicos", acerca da falta de profissionais em alguns pontos do país. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: 'Faxina' nos Transportes derruba mais seis e continua
Chegam a 13 os demitidos em meio ao escândalo de corrupção, e outros devem cair; maioria é ligada ao PR

A “faxina" no Ministério dos Transportes continuou ontem. Foram demitidos quatro funcionários do ministério e dois do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Agora, já são 13 os funcionários afastados desde a revelação do esquema de corrupção dentro dos Transportes, no começo do mês. A maioria dos demitidos é vinculada ao secretário-geral do PR, Valdemar da Costa Neto, e ao ex-ministro Alfredo Nascimento, que foi afastado duas semanas atrás e assumiu a presidência do partido - o PR controla os Transportes no rateio do poder ministerial. A expectativa é que, entre hoje e sexta-feira, mais demissões sejam anunciadas, incluindo a do diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, o petista Hideraldo Luiz Caron, e mais assessores ligados ao PR. (Págs. 1 e Nacional A4)


'República de Mogi' se mexe

Amigos de Valdemar da Costa Neto oriundos de seu reduto eleitoral, Mogi das Cruzes, tentam preservar o poder do padrinho. (Págs. 1 e Nacional A8)
China dribla barreiras do Brasil por meio da Argentina
A China usa a Argentina para burlar as medidas do Brasil para proteger a indústria da invasão de produtos chineses, informa Iuri Dantas. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que a exportação de algumas mercadorias da China pela Argentina disparou, e esses produtos estariam entrando no Brasil como se fossem argentinos. (Págs. 1 e Economia B1)
Nova proposta para dívida anima Obama
O presidente dos EUA, Barack Obama, deu apoio ao plano de um grupo de seis senadores republicanos e democratas para superar o impasse sobre a dívida pública. O projeto prevê a alta de US$ 1 trilhão na arrecadação e corte de US$ 3,7 trilhões nos próximos dez anos. "Não temos mais tempo para gestos simbólicos", disse Obama. (Págs. 1 e Economia B12)
UE discute três saídas para a crise grega
Dirigentes da União Europeia se reúnem amanhã para debater três saídas para a Grécia: recompra da dívida, com garantias, rolagem da dívida e taxação do setor financeiro. (Págs. 1 e Economia B8)
Multa em faixas de pedestre começa dia 8 (Págs. 1 e Cidades C1)

Rio deverá ter unidade do Hospital Albert Einstein (Págs. 1 e Vida A17)

Tutty Vasques
A presidente e o magnata

Quanto mais Dilma Rousseff e Rupert Murdoch cortam a própria carne, mais a crise volta como recidiva maligna em doente terminal. (Págs. 1 e Cidades C6)
Dora Kramer
O julgamento do PT

O PT teme as consequências eleitorais do julgamento do mensalão. Ao perdoar mensaleiros, o partido devia saber que cedo ou tarde pagaria o preço. (Págs. 1 e Nacional A3)
Notas & Informações
Um recado europeu ao Brasil

A diplomacia comercial brasileira enfrenta as consequências de uma série de opções erradas. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: O brasileiro virou bobo da corte
Nunca na história deste país os cidadãos pagaram tanto imposto. Em seis meses, saiu do bolso dos brasileiros uma média de R$ 2,6 bilhões por dia. São cinco meses de trabalho no ano destinados apenas ao pagamento de tributos. Em troca, porém, o país não retribui com educação, saúde e transportes de qualidade. Boa parte do dinheiro é engolido pela corrupção. Denúncias já levaram a presidente Dilma a demitir um ministro e 12 funcionários nos Transportes. O desperdício no serviço público, aponta o TCU, é outra fonte de perda de recursos. Levantamento em 71 órgãos federais mostra que, só na conta de luz, daria para economizar R$ 240 milhões por ano. A população também sofre com o descaso. Encarregada de proteger o consumidor, a ANS engaveta reclamações contra o abuso de operadoras de planos de saúde. No Distrito Federal, outro flagrante do desrespeito: brasilienses que pagaram até R$ 450 mil à Terracap por um lote no Jardim Botânico 3 veem o sonho de morar em um condomínio de luxo se transformar em pesadelo. Até hoje, no local, falta a infraestrutura prometida pelo Poder Público, e a área começa a virar território livre para aventureiros. (Págs. 1, 2 a 6, 9, 12 e 23)
Só a Justiça pode salvar Bandarra e Deborah
O Conselho Nacional do Ministério Público rejeita recurso contra a demissão dos dois promotores. Amanhã, eles tentam no TRF escapar das denúncias dos crimes de concussão, formação de quadrilha e violação do sigilo funcional. (Págs. 1 e 22)
Litro do leite já custa mais de R$ 2 no DF (Págs. 1 e 11)

Desemprego cai, salário está em alta (Págs. 1 e 10)

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Valor Econômico

Manchete: Dados mostram economia ainda em ritmo vigoroso
Mercado de trabalho aquecido, aumento da renda real, crédito em expansão e arrecadação de impostos em alta. Com base nesse cenário, de uma atividade econômica ainda pujante, o Comitê de Política Monetária decide, hoje, a alta dos juros.

A taxa de desemprego em junho, conforme dados do IBGE divulgados ontem, foi de 6,2%, menor que a de maio deste ano (6,4%) e a de junho de 2010 (7%). O número de ocupados teve uma queda, na margem, mas o rendimento real médio aumentou 4% sobre junho do ano passado. Em junho foram criadas 215,4 mil vagas, segundo melhor resultado para o mês da série histórica. No primeiro semestre foram 1,4 milhão de empregos, terceiro melhor número da série. O setor de serviços prossegue liderando a geração de empregos. Apesar de se identificar uma certa moderação na taxa de ocupação do IBGE, o ministro do Trabalho, Calos Luppi, disse que não há desaceleração e que a tendência é chegar a 3 milhões de novos empregos até o fim do ano. (Págs. 1, A3 e A4 e C1)
Uma crise parecida com a do Lehman
Se a crise da dívida soberana dos países da periferia da zona do euro chegar a suas economias mais fortes, o impacto para o Brasil pode ser igual ao experimentado após a quebra do banco de investimentos americano Lehman Brothers, em setembro de 2008. A conclusão é do Fundo Monetário Internacional, que terminou consultas com os governos dos países da zona do euro e, em seus relatórios, mensurou os efeitos globais de a atual crise atingir alguns dos grandes bancos europeus, como o belga Dexia, o alemão Deutsche Bank, o francês BNP Paribas ou o holandês ING.

No pior cenário, os bancos globais sofreriam contágio, com efeitos "bastante importantes para Hungria, Turquia, Reino Unido, Brasil e Rússia", aponta o relatório. "Seria um evento sistêmico que impactaria os sistemas financeiros bem além da Europa". No caso de contágio dos bancos das principais economias da união monetária, o Produto Interno Bruto europeu cairia 2,5 pontos percentuais, o PIB mundial, 1 ponto e o da América Latina, 0,5 ponto em 2011-2012. (Págs. 1 e C10)
Airbus teme chineses, não a Embraer
A China, e não o Brasil com a Embraer, será o terceiro grande competidor internacional no mercado de jatos nos próximos dez a vinte anos, atrás da europeia Airbus e da americana Boeing. Essa pelo menos é a avaliação da Airbus. A China começa a produzir - com pesados subsídios - seu primeiro jato de passageiros, na categoria com 120 a 180 assentos.

"O maior potencial está na China para se tornar o terceiro grande produtor de aviões", disse o vice-presidente de comunicação da Airbus, Rainer Ohler, a um grupo de jornalistas, na sede da companhia, em Toulouse. "A Embraer tem espaço, vemos seus bons aviões cada dia em todo lugar", disse. Para Ohler, os construtores aeronáuticos precisam de "suporte" dos governos, ou seja, de subsídios. Mas admite que é preciso um acordo global para limitar essa ajuda. (Págs. 1 e B8)
Chery traz novo modelo de negócio
O início da construção da fábrica da Chery, em Jacareí, indica um modelo de negócios oposto ao que tem prevalecido ao longo dos investimentos da indústria automobilística no Brasil. É um projeto sem sócios locais, totalmente financiado por recursos chineses e livre de amarras com o governo brasileiro. Esse perfil de negócios tem pelo menos uma vantagem: caso o projeto não dê certo, a empresa sai sem dever nada a ninguém.

No lançamento da pedra fundamental da fábrica, o presidente mundial da Chery, Yin Tongyue, explicou que o investimento de US$ 400 milhões será feito com dinheiro da própria empresa e do Banco de Desenvolvimento da China. (Págs. 1 e B8)
Ações resistentes sobem até 39%, enquanto Bolsa cai 14%
O Índice Bovespa cai 14,75% no ano, mas um grupo seleto de 16 ações se mantem em alta, com variações de 4,5% a 39,7%. Essas líderes em resistência têm duas características em comum. Primeiro, fazem parte dos setores conhecidos como "defensivos", como energia elétrica e telecomunicações, com resultados menos sujeitos às oscilações da economia, receitas atreladas à inflação e dividendos elevados. Segundo, passaram por evento societário que turbinou ganhos.

Os papéis da TIM são campeões de rentabilidade neste ano: 39,7% para as PN. A alta veio após a empresa anunciar, em maio, a migração para o Novo Mercado, o nível mais elevado de governança corporativa. Caso parecido é o da ação PN da Telesp, com alta de 20,3%. O papel refletiu a incorporação da Vivo pela Telesp em junho. O setor elétrico abriga cinco dos 16 "sobreviventes" do Ibovespa. O destaque é a ação PN da Eletropaulo, com alta de 31,2%. Também apresentam altas de dois dígitos Light ON (22,7%), Cemig PN (21,5%) e Cesp (19,2%). (Págs. 1 e D1)
US$ 1,5 bilhão em usina de plástico verde
Depois de cinco anos do primeiro anúncio, o grupo Dow Chemical anunciou uma joint-venture com a trading Mitsui para deslanchar o projeto de plástico verde a partir da cana-de-açúcar. Será construído um complexo industrial em Santa Vitória (MG) para a produção de polietileno a partir do etanol.

O projeto está avaliado em até US$ 1,5 bilhão, apurou o Valor. O complexo sediará uma usina com capacidade para produzir 240 milhões de litros de álcool destinados à indústria química. (Págs. 1 e B7)
O sucesso da Argentina pós-calote
Uma década após a Argentina declarar que estava quebrada, taxas de crescimento aceleradas desafiam o consenso de que não há benefícios no caso de um default - mas o sucesso do país também apresenta alguns alertas.

No momento em que a Grécia se aproxima do calote, quais as lições que pode tirar da Argentina? Representantes do governo apontam para o crescimento elevado e sustentado do país e dizem não só que há vida após o maior default soberano já registrado, como também pode haver festa. "O senso comum falhou", disse Marcó del Pont, presidente do Banco Central. Mesmo assim, o resultado final não é tão interessante como alguns sugerem. A recuperação é impressionante, mas o governo ainda não conseguiu limpar a mancha provocada pelo default na reputação da Argentina, nem convencer o mundo de que seu populismo heterodoxo é sustentável. (Págs. 1 e A12)
Brasil tenta aumentar suas vendas externas de carnes para o mercado asiático (Págs. 1 e B12)

Para agência, 25% da água usada no Brasil é de baixa qualidade (Págs. 1 e A2)

Eletrobrás vai mudar gestão de controladas, diz Carvalho Neto (Págs. 1 e B1)

Trabalhadores em aeroportos
O Palácio do Planalto decidiu abrir negociação com os sindicatos para evitar futuros conflitos entre trabalhadores e concessionários dos aeroportos que devem ser licitados até o fim do ano. (Págs. 1 e A3)
Transmissão digital na RBS
Com os R$ 300 milhões captados via debêntures não conversíveis em ações, na semana passada, o grupo de mídia RBS vai tocar projetos que incluem a implantação da transmissão digital em todas as 18 emissoras de televisão da empresa. (Págs. 1 e B2)
Riscos para produção de trigo
Inicialmente prevista como recorde, a produção de trigo no Mercosul pode ser menor por causa de geadas. Com isso, o Brasil tende a ser obrigado a comprar mais trigo fora da América do Sul. (Págs. 1 e B11)
Tesouro Direto avança
O primeiro semestre se mostrou bastante favorável para o Tesouro Direto. As vendas somaram R$1,818 bilhão – valor 82,16% maior que o de 2010. O número de investidores cadastrados também apresentou forte expansão no período. (Págs. 1 e D2)
Ideias
Marcello Averbug

BNDES deveria ser preservado como ofertante de crédito direcionado e poderoso instrumento de políticas públicas. (Págs. 1 e A10)
Ideias
Luís Eduardo Assis

Não há arranjo institucional que possa dar ao BC forças para, sozinho, se contrapor a uma política fiscal expansionista. (Págs. 1 e A11)
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Estado de Minas

Manchete: DNIT desgovernado nós somos as vítimas
O escândalo de superfaturamento e irregularidades em obras derrubou ontem mais seis funcionários do Ministério dos Transportes e do Dnit. Enquanto isso, quem depende das rodovias vive rotina de transtornos, perigo e morte. É o caso de José Augusto, Rosimeire e Marli, três dos milhares de brasileiros que sofrem com as más condições da BR-381, que liga Belo Horizonte ao litoral capixaba. Eles têm as vidas entrelaçadas com a Rodovia da Morte, na hora de trabalhar, ir à igreja ou buscar os filhos. Temem ser vítimas invisíveis do descaso e da corrupção. (Págs. 1, 3 e 4)
Rodovias essenciais esperam reforma
Pelo menos 60 obras em todo o país, como reformas urgentes das BRs 381, 040 e 262 em Minas, estão com licitações suspensas ou sem previsão orçamentária. (Págs. 1 e 5)
10 mil queixas contra planos de saúde são ignoradas (Págs. 1 e 16)

Vereadores na cadeia...
Os nove parlamentares de Fronteira, no Triângulo, foram presos por desviar dinheiro público

...Prefeito em fúria
Chefe do Executivo de Mariana se envolve em briga com guarda. (Págs. 1 e 7)
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Jornal do Commercio

Manchete: Agamenon terá trânsito alterado
A partir de sábado, giros à esquerda ficam proibidos e algumas aberturas que permitem mudança de pisa serão fechadas na avenida, mexendo com a rotina de quase 90 mil motoristas. (Págs. 1 e Cidades 1)

Emprego formal para domésticas
Ministério do Trabalho deve concluir proposta para simplificar e diminuir tributos pagos na contratação de empregadas domésticas com registro em carteira. (Págs. 1 e Economia 1)

Novas demissões abalam a pasta dos Transportes
Foram exonerados, ontem, seis operadores de ex-ministro Alfredo do Nascimento e do deputado Valdemar Costa Neto no Ministério. (Págs. 1 e 5)
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Zero Hora

Manchete: Piratini pede discrição policial em operações
Pressão de prefeitos e aliados, incomodados com a forma que qualificaram como ostensiva da Operação Cartola, fez governo admitir “indícios de excesso”. (Págs. 1, 6 e 10)
Problema no sistema da Gol atrasa 30 voos
Falha no check-in da companhia em Congonhas, São Paulo, teve consequências em Porto Alegre. (Págs. 1 e 33)
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Brasil Econômico

Manchete: Portos favorecidos pela guerra fiscal crescem o dobro da média do país
Mesmo com renúncia tributária, receita de ICMS triplicou nos últimos dez anos em estados onde há benefícios a importadores

Levantamento do BRASIL ECONÔMICO, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mostra que nos últimos dez anos o ingresso de mercadorias quintuplicou nas regiões que oferecem benefício fiscal para os importadores — com alta de 415%. Nos demais terminais, o movimento cresceu 230%. Segundo o Conselho Nacional de Política Fazendária, a receita com ICMS dos dez estados que praticam a isenção fiscal cresceu 215%. (Págs. 1 e 10)


Em junho, o STF julgou inconstitucionais 23 mecanismos de redução de ICMS em sete estados. (Pág. 1)
Congresso e Obama avançam na negociação sobre dívida
Grupo bipartidário de senadores democratas e republicanos , conhecido como “Gangue dos 6”, propõe redução do déficit americano em US$ 3,75 trilhões nos próximos dez anos, e US$ 1,2 trilhão em novos impostos. O plano se aproxima dos valores do pacote sugerido pelo presidente americano — de cortes de US$ 4 trilhões no déficit. (Págs. 1 e 4)
Emprego fica estável em junho, mas pressiona inflação. (Págs. 1 e 12)

Fundos de pensão se rendem ao private equity (Págs. 1 e 30)

Índice deve estimular negócio de BDRs
Bolsa lança em 1º de agosto índice de recibos de ações estrangeiras (BDRs), que deve atrair fundos de investimento. (Págs. 1 e 34)
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terça-feira, 19 de julho de 2011

O que Publicam os Principais Jornais do País, nesta terça-feira

O Globo

Manchete: Das verbas desviadas, 70% são de Saúde e Educação
Dinheiro para escolas e hospitais vai parar nas mãos de prefeitos

Setores que têm os maiores orçamentos da União e estão diretamente ligados aos cidadãos, Saúde e Educação são também os que mais sofrem com a corrupção no Brasil. Segundo o Departamento de Patrimônio e Probidade da Advocacia Geral da União (AGU), de 60% a 70% dos recursos públicos desviados no país são dessas duas áreas. É, por exemplo, dinheiro destinado a reformas de escolas e hospitais, compra de merenda escolar e de medicamentos, construção de quadras esportivas e procedimentos do SUS, mas que acaba indo para o ralo por causa da corrupção. Auditorias da Controladoria Geral da União (CGU) constataram, apenas entre 2007 e 2010, desvios de R$ 662,2 milhões nesses dois setores. E quase metade dos acusados de improbidade em todas as áreas da administração pública, segundo a AGU, é de prefeitos ou ex-prefeitos. Um dos problemas é a falta de fiscalização, mas também a pulverização dos recursos. (Págs. 1 e 3)
Em SP, nova obra suspeita do Dnit
O Dnit quer pagar R$ 16 milhões para recuperar uma obra concluída em 2006, em Barretos (SP), e que custou R$ 10 milhões. Para o TCU, o Dnit deveria recorrer ao termo de garantia, que obriga a construtora a fazer os reparos. Mas fez nova licitação, vencida por uma doadora do PR. (Págs. 1, 4 e editorial “Corrupção desvia dinheiro de impostos")
Empreiteira tem sócio balconista
Um balconista de farmácia em Teresópolis soube pelo GLOBO que seu nome aparece nas investigações da Controladoria Geral da União como sócio da empreiteira RW. A empresa tem contratados 64% dos R$ 7 milhões repassados pela União ao município, mediante o aumento de propinas de 10% para 50%, para obras de recuperação pós-tragédia. (Págs. 1 e 11)
TCU investigará as UPAs de lata
O Tribunal de Contas da União vai investigar os contratos de compra de contêineres e módulos metálicos usados pelo governo do estado e pela prefeitura para a instalação de Unidades de Pronto Atendimento e Clínicas da Família. Como mostrou o GLOBO, esses equipamentos custam mais caro do que obras de alvenaria. (Págs. 1 e 12)
Assalto 5 estrelas nas barbas da UPP
O assalto ao Hotel Santa Teresa, onde 15 hóspedes foram saqueados, acendeu o alerta no setor de hospedagem e turismo da cidade, prestes a receber eventos internacionais de grande porte. O caso foi noticiado na capa do site do jornal espanhol "El País", o hotel fica em área de UPP e a menos de 500 metros de uma delegacia. No hotel, que cobra diárias a partir de R$ 690, estavam funcionários da Nike e, supostamente, integrantes de comitivas dos Jogos Mundiais Militares. (Págs. 1 e 10)

Chile: protestos mudam oito ministérios
O presidente Sebastián Piñera, com o pior índice de aprovação de um chefe de Estado chileno em 40 anos, fez mudanças em oito ministérios, mas foi criticado por só remanejar os titulares. Abalado por protestos estudantis, o ministro da Educação comandará agora o Planejamento Social. (Págs. 1 e 25)
Entidade de planos de saúde orienta decisão de deputados (Págs. 1 e 22)

Saldo comercial de US$ 13 bi só às custas de matérias-primas (Págs. 1 e 17)

Oprimido e exilado
Sem ajuda de entidades brasileiras, a viúva de Augusto Boal decidiu mandar seu acervo para os EUA. (Págs. 1 e segundo caderno)
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Folha de S. Paulo

Manchete: Acidentes com moto na Rebouças dobram em 4 anos
Avenida foi alvo de campanha educativa da prefeitura, mas casos saltaram de 62, em 2006, para 130, em 2010

O número de acidentes de motos com vítimas na avenida Rebouças, em São Paulo, subiu 110% em quatro anos, relata Menear Izidoro. Saltou de 62, em 2006, quando foi adotada a faixa preferencial de motociclistas, para 130, em 2010.

Nesse período, a expansão da frota foi de 65%. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
Irmão de chefe do Dnit em MT tem contratos dos Transportes
A empreiteira do irmão do superintendente do Dnit em Mato Grosso fechou contratos de R$ 26 milhões com o órgão, braço do Ministério dos Transportes responsável por obras em rodovias, informa Rubens Valente.

Para o dono da empreiteira, o cargo do irmão só atrapalha. “Se fosse me locupletar com isso, eu deveria ter uns R$ 100 milhões de contrato", afirmou. (Págs. 1 e Poder A4)
Dona do Magazine Luiza é cotada para novo ministério (Págs. 1 e Poder A7)

Pré-natal no SUS não checa hipertensão, aponta estudo
A maioria das grávidas não controla a pressão arterial nos exames do pré-natal feitos no SUS do Rio de Janeiro, aponta estudo da Fiocruz com 1.974 gestantes. A hipertensão na gravidez é uma das principais causas de mortalidade materna.

O Ministério da Saúde reconhece problemas, mas rejeita generalizar as conclusões da pesquisa. (Págs. 1 e Saúde C10)
Presidente do Chile substitui 8 dos 22 ministros
Pressionado por protestos e mal avaliado pelos chilenos, o presidente Sebástian Piñera substituiu 8 de seus 22 ministros. A reforma atingiu a pasta de Educação - alvo dos atos iniciados há dois meses. (Págs. 1 e Mundo A10)

Interpol auxiliou governos na busca por opositores (Págs. 1 e Mundo A10)

Editoriais
Leia "Expectativa na China", que analisa a situação da economia global, e "Novos Carandirus", sobre a lotação dos presídios no Estado de São Paulo. (Págs. 1 e Opinião A2)
Após falhas, Eletropaulo leva multa de R$ 26 milhões
A Eletropaulo foi multada pela Arsesp (agência estadual que fiscaliza o setor) em R$ 26 milhões por causa dos problemas de fornecimento de energia no período entre 2009 e maio de 2010. É a maior autuação da hist6ria da companhia.
A empresa ainda pode recorrer da decisão e está analisando a multa "administrativamente" (Págs. 1 e Cotidiano C6)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Contrariando Carvalho, Dilma demitirá diretor do Dnit
Saída de Pagot é decidida apesar da pressão de ministros ligados a Lula, como o secretário-geral da Presidência

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi encarregada pela presidente Dilma Rousseff de anunciar que o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, atualmente em férias, não retornará mais ao cargo, em meio a escândalo de corrupção. O vice Michel Temer e ministros ligados ao ex-presidente Lula defendiam a permanência de Pagot. Numa reunião no Planalto, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) tentou introduzir na conversa a necessidade de manter Pagot. Dilma afirmou que, se fosse para traze-lo de volta, teria de reconduzir outros seis que ela tinha demitido e isso não vai acontecer. Dilma orientou ainda o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, a finalizar rapidamente a "limpeza" no setor. (Págs. 1 e Nacional A8)
Crise da dívida de Europa e EUA volta a derrubar bolsas
As principais bolsas do mundo voltaram a fechar em baixa, devido às preocupações com a crise da dívida na Europa e nos EUA. Houve queda de 3,06% em Milão, de 2,04% em Paris e de 1,55% em Londres e Frankfurt. A baixa teve relação com as análises sobre o teste de estresse realizado pela Autoridade Bancária Europeia, que reprovou oito bancos. (Págs. 1 e Economia B1)
Justiça barra negócio em nome da Copa
A Justiça mandou suspender um acordo que o governador Agnelo Queiroz (PT) quer fechar com construtoras do Distrito Federal. Ele pretende transformar área de 85 mil metros quadrados, em região tombada, numa quadra de hotéis e flats. Avaliado em R$ 700 milhões, o terreno foi oferecido ao mercado imobiliário para financiar as obras do estádio Mané Garrincha. (Págs. 1 e Esportes E4)
Governo faz plano para País ter mais médicos (Págs. 1 e Vida A14)

A cada 3 dias, 1 bebê é deixado para adoção (Págs. 1 e Cidades C1)

Em crise, presidente do Chile troca 8 ministros (Págs. 1 e Internacional A12)

Nova droga alarma médicos nos EUA (Págs. 1 e Vida A16)

Miguel Jorge
O futuro na educação

O Brasil só conseguirá manter e ampliar as conquistas dos últimos anos se fizer grandes investimentos em educação. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Notas & Informações
Incerteza nos EUA

Barack Obama e os líderes democratas tentam evitar o calote e um mergulho na recessão. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Governo nega aumento de R$ 40 bi a servidores
Sindicalistas apresentaram a fatura ao Ministério do Planejamento. No total, as reivindicações que esperam ver atendidas no ano que vem vão custar R$ 40 bilhões aos cofres públicos. Mas se depender da proposta do Orçamento da União de 2012 que o Planalto está prestes a concluir, os servidores federais não vão ver a cor desse dinheiro. Preocupado em cumprir a meta de ajuste fiscal, o Executivo fez cálculos preliminares e chegou ao seguinte resultado: mesmo sem qualquer aumento ao funcionalismo, já faltarão R$ 25 bilhões para fechar as contas em 2012. A razão é simples: o governo terá de arcar com um rombo de R$ 23 bilhões maior nos cofres da Previdência Social para bancar a correção de 14% do salário mínimo a partir de janeiro próximo. Por isso, já avisou aos sindicatos que, na melhor das hipóteses, atenderá apenas a algumas demandas pontuais. Reajuste linear, nem pensar. (Págs. 1 e 9)
Ninguém escapa no DNIT
Os três diretores que sobreviveram à onda de demissões no órgão também são citados em processos do TCU. Dilma dispensa funcionário antes mesmo de ele tomar posse. (Págs. 1 e 2 a 4)
Desconto de 5% para quem pagar o IPVA e o IPTU à vista (Págs. 1 e 31)

Estrangeiro tira dinheiro dos EUA
É sinal de que a crise começa afugentar investidores estrangeiros. Retirada líquida foi de US$ 67,5 bilhões em maio. (Págs. 1 e 13)
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Valor Econômico

Manchete: Indecisão na Europa amplia crise
A crise da dívida soberana na zona do euro agravou-se. Autoridades europeias correm contra o relógio para colocar de pé até quinta-feira um pacote de US$ 160 bilhões em ajuda adicional à Grécia que possa ser considerado resposta eficaz ao nervosismo dos mercados, que ontem voltaram a amargar grandes baixas. O ouro subiu pela primeira vez a US$ 1.600 a onça e as ações tiveram mais um dia de queda. Títulos alemães e o franco suíço estiveram entre os ativos mais procurados no dia. O Ibovespa voltou a recuar: caiu 1,08% e já perdeu 15,1% no ano.

Segundo o "Financial Times", os líderes europeus se mostram indecisos e divididos em relação ao formato do pacote grego. Itália e Espanha - que, juntas, somam 28% do PIB da zona do euro - assistem à escalada perigosa dos juros cobrados por seus títulos. Os papéis da Espanha subiram para 6,39% e os da Itália, para 5,9%, aproximando-se aos poucos da marca fatídica dos 7% que levaram aos pedidos de auxílio de Grécia, Irlanda e Portugal. A persistência do impasse entre democratas e republicanos sobre o aumento do teto da dívida nos EUA contribui para piorar as expectativas. (Págs. 1, A9, C2, C10, D2 e D4)
China investe em energia e agricultura
Do total de US$ 15 bilhões dos investimentos produtivos da China na América Latina em 2010, US$ 11 bilhões ficaram no Brasil. Agricultura e energia, no topo da lista do interesse chinês, continuarão a receber a maior parte dos recursos que o país destina aos latino-americanos, segundo o vice-ministro de Relações Exteriores da China, Zhang Kunsheng. A China está na lista das nações com menos de 0,2 hectare cultivável por habitante. O desafio de continuar alimentando a população preocupa o governo. Por isso, investir na produção dos alimentos em terras distantes já virou rotina. O representante do governo chinês diz que, graças aos seguidos investimentos em infraestrutura portuária e rodoviária, o país tem condições de lidar com a complexa logística que envolve o deslocamento de produtos elaborados no exterior. (Págs. 1 e A5)
Foto legenda: Santo dólar
O dólar barato e o pleno emprego deram grande impulso às vendas de pacotes de viagens de intercâmbio de estudantes, principalmente para EUA e Canadá. Em fevereiro, a Student Travel Bureau já havia vendido todo o volume planejado para a temporada, conta a CEO Santuza Bicalho. (Págs. 1 e B4)
Governo retoma plano para combater abate clandestino
O governo decidiu tirar do papel um sistema criado em 1996 (Suasa) para combater o abate clandestino de gado no país. O Ministério da Agricultura estima que metade da carne bovina consumida no Brasil tenha origem em abatedouros sem inspeção ou fiscalização de autoridades sanitárias. Pela decisão, arbitrada pela presidente Dilma Rousseff, a Agricultura fará convênios com Estados e municípios para tornar mais ampla e efetiva a fiscalização do comércio de carnes. Haverá uma "equivalência sanitária", o que permitirá a venda de produtos da agricultura familiar em todo o país, não importando onde sejam fabricados.

Os itens de exportação continuarão a seguir normas fixadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF). (Págs. 1 e B14)
Novo tributo compensará desoneração dos salários
A opção mais provável para a desoneração da folha de salários é a criação de nova contribuição previdenciária que incidirá sobre o faturamento das empresas, tal como já existe no setor da agroindústria com alíquota de 2,5%. A base dessa nova contribuição será semelhante à do Simples, o sistema de tributação das micro e pequenas empresas.

O novo tributo não terá a mesma base da Cofins ou do PIS, segundo o governo. O principal argumento é que ele incidirá sobre o faturamento das empresas que declaram pelo lucro real, enquanto a Cofins e o PIS incidem sobre o valor agregado. Só recaem sobre o faturamento, com alíquota menor, para as empresas que fazem a declaração pelo lucro presumido. (Págs. 1 e A2)
Sem acordo de livre comércio, Brasil pode perder preferências tarifárias na UE (Págs. 1 e A12)

Minha casa, Minha vida de novo
As contratações do programa Minha Casa, Minha Vida para a faixa de renda mais baixa - paralisadas desde o início do ano - devem ser retomadas nas próximas semanas, diz Inês Magalhães, secretária de Habitação do Ministério das Cidades. (Págs. 1 e A3)
Disputa em torno do algodão
Uma variação de preços nos últimos 12 meses, que chegou a 183% (forte alta seguida de queda), estaria levando indústrias têxteis a tentar renegociar contratos com produtores de algodão. (Págs. 1 e B14)
Efeitos do Cade na BR Foods
A diretoria da BRF Brasil Foods inicia visitas às suas unidades para comunicar as efeitos da decisão do Cade. Serão visitados Mato Grosso, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. (Págs. 1 e B14)
Recursos externos para BNDES
O BNDES pretende captar este ano US$ 3 bilhões no mercado externo, mesmo volume obtido ao longo de 2010. Este ano, entretanto, o objetivo do banco é buscar mais recursos junto às agências multilaterais. (Págs, 1 e C10)
Ideias
Antonio Delfim Netto

Há sinais preocupantes no horizonte vindos dos EUA, China, zona do euro e da mídia internacional em relação ao Brasil. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Simon Johnson

O setor privado desmoronaria e o desemprego rapidamente superaria os 20% com a inadimplência da dívida dos EUA. (Págs. 1 e A11)
Real dificulta a exportação de jogadores
A grande valorização do real em comparação ao euro e à libra está ajudando a reverter um dos perfis da exportação do país - a venda de jogadores de futebol para a Europa. O real apresenta uma valorizção de 35% em comparação ao euro e à libra desde 2008, o que está ajudando os clubes de futebol locais a competir com os ricos clubes europeus em guerras de lances pelos melhores jogadores do mundo. (Págs. 1 e B1)
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Estado de Minas

Manchete: É ilegal, mas...
Mototáxis espalham medo e perigo
O transporte de passageiros sobre duas rodas é feito livremente em Belo Horizonte. Há até lista de empresas na internet.OEM fez duas corridas partindo da Floresta e do Barro Preto e constatou várias irregularidades, além do próprio serviço. Os pilotos abusam da velocidade, fazem zigue-zague no trânsito e fornecem capacetes sem higiene. A BHTrans diz que há 100 mototaxistas na cidade, mas o sindicato da categoria alega que são 500.

Camelôs dão prejuízo em bairros
Retirados das ruas do Centro de BH há oito anos e encaminhados para os shoppings populares, vendedores ambulantes se instalaram em regiões comerciais fora da Contorno. Com a venda de produtos piratas eles causam perdas a lojistas e na arrecadação de impostos. Na Avenida Abílio Machado, no Bairro Alípio de Melo, barracas com bugigangas e até aparelhos eletrônicos disputam espaço com pedestres nas calçadas.

(Págs. 1, 14, 19 e 20)
Sobram crise e verba nos Transportes
Presidente Dilma tem dificuldade para fazer substituições no ministério e no Dnit, onde outros diretores são citados em processos. Enquanto faltam nomes, levantamento mostra que pasta deixou de investir 43% do dinheiro autorizado para obras em 10 anos. (Págs. 1, 3 a 4 e editorial, na 10)
Menos crédito
BC dificulta empréstimo com cartão consignado (Págs. 1 e 16)
Temporal
Chuvas deixam rastro de mortes e estragos no NE (Págs. 1 e 9)
Rodovias de Minas em má conservação
Dados do governo estadual revelam que 35% das estradas sob sua responsabilidade não estavam em condições adequadas de tráfego no ano passado. Percentual aumentou em relação a 2009, quando 23,5% das vias se encontravam nessa situação. (Págs. 1 e 6)
A cidade que não decolou
Sem bancos, pizzarias, agências de viagens e lojas de telefonia celular. Assim é Confins, ironicamente o município que abriga o aeroporto internacional: uma ilha de estagnação no Vetor Norte. O PIB cresceu, mas a riqueza não fica na cidade. (Págs. 1 e 12)
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Jornal do Commercio

Manchete: Mapas das áreas de risco estão defasados
Último levantamento, feito em dez dos 14 municípios do Grande Recife, foi realizado há cinco anos. Lacuna prejudica trabalho de prevenção de tragédias, pois a realidade de 2006 é bem diferente da atual. Número de mortos por causa da chuva subiu para nove (Pág. 1)
Noar escondia informações do diário de bordo (Pág. 1)

Cheque será compensado em até dois dias (Pág. 1)

Quadrilha faz arrastão em hotel de luxo de Santa Teresa, no Rio (Pág. 1)

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Zero Hora

Manchete: Crescem as multas por velocidade e embriaguez nas estradas gaúchas
Polícias rodoviárias Federal e Estadual apontam reforço na fiscalização como causa para o aumento de flagrantes e a queda de 13% no número de mortes. (Págs. 1, 4 e 5)
Incentivos: Piratini muda estratégia na guerra fiscal
Governo planeja dar subsídios do Banrisul e Badesul a empresas. (Págs. 1 e 16)
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Brasil Econômico

Manchete: Térmicas a gás devem ganhar espaço de hidrelétricas no Brasil
Maior participação do combustível na matriz pode garantir a segurança do fornecimento de energia nos próximos três anos

Levantamento feito pelo Brasil Econômico, com base nos relatórios técnicos de expansão da oferta de energia divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), demonstra que a energia gerada pelas usinas hidrelétricas consegue atender pouco mais da metade da demanda brasileira até 2013. O restante terá que ser suprido por outras fontes de energia, como as termelétricas movidas a gás natural e óleo combustível, que são mais poluentes. (Págs. 1 e 10)


Comgás eleva investimento anual em 50%, até R$ 600 milhões, para ampliar rede de distribuição. (Págs. 1 e 20)
Foto legenda: Satélites da francesa EADS crescem no país
Pierre Duquesne, diretor-geral da subsidiária Astrium, prevê alta na demanda por imagens espaciais devido à necessidade de regularização de terras e cadastro de imóveis rurais . (Págs. 1 e 18)
Plano que será lançado em agosto tenta reverter déficit na balança do turismo
O terceiro Plano Nacional do Turismo tentará cumprir metas dos dois documentos anteriores e criar 1,7 milhão de empregos, promover 217 milhões de viagens internas e gerar US$ 7,7 bilhões em divisas. (Págs. 1 e 4)
Às vésperas da decisão do Copom, especialistas recomendam aplicação em títulos pós-fixados. (Págs. 1 e 32)

Dnit contesta novas denúncias de irregularidades sobre contratação de mão de obra pela empresa Tech Mix (Págs. 1 e 40)

Projetos de biotecnologia a partir da cana-de-açúcar atraem investidores chineses (Págs. 1 e 12)

Ação da Mundial rouba a cena na BM&F Bovespa
Aporte de até US$ 50 milhões de fundo da gestora Yorkville Advisor dá novo estímulo às preferenciais da Mundial, que ganham 1.340% no ano — de pura especulação, dizem os analistas. (Págs. 1 e 34)
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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Estilo Dilma mostra aversão da presidenta à corrupção endêmica no Brasil

17/7/2011 12:06,  Por Redação - de São Paulo
Corrupção
A presidenta Dilma procurou conhecer detalhes da história sobre o tráfego de propina no Ministério dos Transportes
Passado meio ano de sua posse, a presidenta Dilma Rousseff tem procurado mostrar o seu estilo de lidar com a corrupção, fenômeno criminal endêmico capaz de colocar o país entre os mais subdesenvolvidos do mundo quando o assunto é o desvio de recursos públicos para fins escusos. Os episódios que levaram à queda de Antonio Palocci, então ministro-chefe da Casa Civil, um dos mais altos cargos do governo, em seguida à renúncia do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, após denúncias de envolvimento com licitações fraudadas e formação de quadrilha.
Embora no primeiro caso o Palácio do Planalto tenha procurado oferecer uma espécie de blindagem ao ministro Palocci, até que a situação dele ficou insustentável, no episódio que envolve o Ministério dos Transportes a atitude foi outra. Dilma determinou uma investigação rasa e veloz o suficiente para mostrar a forma como pretende lidar com futuras ocorrências ligadas à corrupção em seu governo.
Especialistas ouvidos por jornalistas confirmam o retrato da mulher dura e tenaz, construído ao longo dos anos em que exerceu o posto de ministra-chefe da Casa Civil, no governo Lula. Agora, eleita para governar o Brasil até 2014, a presidenta mostra sua intolerância à corrupção e à falta de ética de seus comandados.
Para o catedrático de Ética e Filosofia Política da Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro, consolidar sua identidade será essencial para que a presidenta mostre que tem nas mãos um governo com marca própria.
– O que está em jogo é: ela vai ter uma personalidade própria ou não? Ela tem mesmo que descartar rapidamente as pessoas que estiverem ruins. Ou ela consegue fazer uma consolidação significativa, no sentido de se mostrar como um nome poderoso, capaz de encontrar os caminhos dela, ou então vai ficar muito apagada.
Já o pesquisador Celso Roma, doutor em Ciência Política pela USP, destaca que o afastamento do diretor-executivo do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), José Henrique Sadok de Sá, ocorrido nesta sexta-feira, foi mais uma pronta resposta do governo a denúncias de corrupção envolvendo a cúpula do Ministério dos Transportes.
– Até este momento, a presidente Dilma deu sinais claros de que será pouco tolerante com escândalos de corrupção em seu governo. Discrição no estilo de governar e firmeza contra a corrupção se revelaram as principais marcas dos primeiros seis meses do governo.
Fontes do Palácio do Planalto revelaram que a ordem para a saída de Sadok de Sá foi da própria presidente. O funcionário vinha respondendo pela direção do órgão na ausência de Luiz Antonio Pagot, que também já havia sido afastado por determinação de Dilma. Para Roma, a rapidez para tirar servidores citados em investigações e conter polêmicas que atrapalhem o andamento do governo pode garantir à presidente a manutenção de seus bons níveis de popularidade e aprovação popular.
– O resultado das pesquisas de opinião realizadas após o afastamento de Palocci comprova esse ponto – afirmou.
Pesquisa realizada em junho pelo Instituto Datafolha, logo após o desfecho do caso Palocci, revelou a avaliação positiva do governo apesar da turbulência. De acordo com o instituto, 49% dos entrevistados consideravam a gestão Dilma como ótima ou boa. Em março, esse índice era de 47%.
Identidade
Para Janine Ribeiro, outro fator essencial que deve ser levado em conta pela presidente para construir sua identidade é a capacidade de comunicação. Neste ponto, diz ele, Dilma se diferencia muito de seus dois antecessores: Lula e o tucano Fernando Henrique Cardoso, ambos mais falantes do que ela.
– Acho que ela ficou calada um pouco demais. Agora está falando mais, e isso é um grande ganho. Ela vai ter que conquistar as pessoas pela fala. O regime democrático exige que a pessoa fale muito, e isso é uma coisa que ela vai ter que fazer cada vez mais, até para as pessoas sentirem que a presidente chega a elas.
Já Roberto Romano, professor do Departamento de Filosofia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), não vê prejuízos na discrição de Dilma. Trata-se, segundo ele, de uma característica natural da presidente.
– Ela tem um estilo próprio, moldado durante muito tempo pela militância que ela teve na esquerda. Na esquerda, ela era obrigada ao sigilo, à discrição e ao anonimato devido à repressão do regime militar. Então, ela aprendeu a não falar em demasia.
Para o especialista, em períodos mais conturbados, como os ocorridos neste primeiro semestre, o estilo de Dilma acaba sendo benéfico, porque evita exposições desnecessárias e minimiza o risco de declarações precipitadas e gafes.
– Ela tende a primeiro analisar e imediatamente traçar metas para a solução. Acho que essa atitude de mais recato a resguarda mais que se ela começasse a utilizar o verbo para cima e para baixo do Brasil, à maneira de seus antecessores – concluiu.


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