SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal de São Paulo indiciou formalmente nesta segunda-feira o banqueiro Daniel Dantas pela prática dos crimes de gestão fraudulenta, formação de quadrilha, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, empréstimo vedado e sonegação fiscal.
Verônica Valente Dantas, irmã do banqueiro, e quatro funcionários do Banco Opportunity também foram indiciados no inquérito da Operação Satiagraha por prática de crimes contra o sistema financeiro nacional.
Daniel Dantas chegou à sede da PF antes das 8h desta segunda-feira, acompanhado de seu advogado Andrei Schmidt. O advogado confirmou o indiciamento formal de Dantas.
Para o advogado, que representa Daniel Dantas e o Grupo Opportunity, o indiciamento de seus clientes foi arbitrário.
"Foi mais uma arbitrariedade cometida no inquérito da Operação Satiagraha", afirmou. "Orientei meus clientes a ficarem em silêncio até que tenhamos pleno acesso a documentos e autuações realizadas durante a investigação."
Segundo o advogado, Dantas somente falará "no momento oportuno" para se defender das acusações.
O banqueiro ficou cerca de 25 minutos na presença do delegado Ricardo Saadi, que comanda o inquérito da Operação Satiagraha.
De acordo com uma fonte da Polícia Federal, o indiciamento por lavagem de dinheiro levou em conta a prática de crimes antecedentes supostamente praticados por Dantas, que são crimes contra a administração pública, crimes praticados por organização criminosa, além de delitos contra o sistema financeiro nacional.
Daniel Dantas, que não respondeu a nenhuma pergunta do delegado, deixou a sede da PF paulista sem falar com a imprensa.
O banqueiro já responde a ação penal por crime de corrupção ativa na 6a Vara Federal Criminal da Justiça Federal de São Paulo.
A Polícia Federal deve concluir o inquérito até o final da semana que vem e enviá-lo ao procurador da República Rodrigo de Grandis. Em nota divulgada mais tarde, a Polícia Federal disse que o ministro da Justiça, Tarso Genro, foi informado sobre o indiciamento.
"O indiciamento é importante porque é um indiciamento formal e evidencia a conduta delituosa da organização criminosa", disse o procurador.
De Grandis acompanhou o depoimento de Dantas, no início da manhã, mas afirmou que não estaria presente nas demais oitivas dos demais.
"Como o advogado dele (de Dantas) disse que seu cliente faria voto de silêncio, eu acompanhei o indiciamento feito pelo delegado e decidi que não acompanharei as outras oitivas", afirmou.
A expectativa é que, após receber o inquérito, o procurador ofereça a denúncia à 6a Vara Criminal Federal.
(Reportagem de André Guilherme Delgado)
UOL
segunda-feira, 27 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Donos de carro de luxo têm bolsa do ProUni
Embora se destinem apenas a jovens com renda mensal de até um salário mínimo e meio (R$ 697,50) por pessoa da família, bolsas integrais do ProUni (Programa Universidade para Todos) foram concedidas a mais de mil proprietários de carros novos, entre eles modelos de luxo, como Honda Civic, Toyota Hilux, Ford Fusion, Vectra, Zafira, Mitsubishi Pajero e o XTerra da Nissan, informa reportagem de Marta Salomon, publicada na Folha desta quinta-feira~.
A irregularidade, informa a reportagem, que alcança uma fatia de 0,6% dos beneficiários de bolsas integrais, foi detectada por auditores do TCU (Tribunal de Contas da União) ao cruzarem a lista de beneficiários do ProUni com os cadastros do Renavam (Registro Nacional dos Veículos Automotores).
Com base no cruzamento com outros cadastros oficiais, foram identificados indícios de irregularidades que envolvem 30.627 bolsistas, ou 8% do total de 385 mil beneficiários.
O ministro Fernando Haddad (Educação) afirmou que, caso sejam comprovadas as fraudes apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), o estudante será desligado do programa. "Em caso de má-fé, o Ministério Público será acionado", disse o ministro.
A irregularidade, informa a reportagem, que alcança uma fatia de 0,6% dos beneficiários de bolsas integrais, foi detectada por auditores do TCU (Tribunal de Contas da União) ao cruzarem a lista de beneficiários do ProUni com os cadastros do Renavam (Registro Nacional dos Veículos Automotores).
Com base no cruzamento com outros cadastros oficiais, foram identificados indícios de irregularidades que envolvem 30.627 bolsistas, ou 8% do total de 385 mil beneficiários.
O ministro Fernando Haddad (Educação) afirmou que, caso sejam comprovadas as fraudes apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), o estudante será desligado do programa. "Em caso de má-fé, o Ministério Público será acionado", disse o ministro.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Ligada ao PC do B, ONG leva R$ 8,5 mi - Repasse foi de ministro do partido
O Estado de S. Paulo
O Ministério dos Esportes repassou para a ONG Bola Pra Frente R$ 8,5 milhões em 2008, o terceiro maior volume de recursos transferidos pela pasta para "entidades privadas sem fins lucrativos". Localizada em Jaguariúna (SP), a ONG é dirigida pela ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues, vereadora do PC do B, partido do ministro dos Esportes, Orlando Silva. Karina disse que a entidade é fiscalizada regularmente e que é exemplo de transparência. (págs. 1 e A5)
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Folha de S. Paulo
Eliane Cantanhêde
Para o Congresso, o céu não é o limite
Brasília criou uma cultura de viagens, em especial para o Rio. Todos viajam muito. O que não se sabia é o quanto o erário paga. A indústria de passagens é a partir do Congresso, mas não só ali.
Nem o TCU, que auxilia os congressistas a vigiar o uso do dinheiro da União, escapa. Agora, é criar um TCU para o TCU. O céu não é o limite para o caos aéreo e ético do Congresso. (págs. 1 e A2)
Doação ilegal a políticos foi feita por mais de 70 sindicatos
Pelo menos 73 sindicatos fizeram doações a candidatos nas quatro últimas eleições, apesar de proibição na Lei Eleitoral. Os dados são de prestações de contas oficiais. Políticos de todo o país receberam ao todo R$ 246 mil, segundo os registros.
Na maioria dos casos detectados pelos Tribunais Regionais Eleitorais, os candidatos devolveram o dinheiro ou disseram ter cometido equívoco ao prestar contas. A lei prevê que infratores sejam processados por abuso do poder econômico. (págs. 1 e A6)
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Jornal do Brasil
Sociedade aberta: Gláucio Ary Dillon Soares
Sociólogo
1964: a repressão militar e o desequilíbrio de poderes. (págs. 1 e A10)
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O Ministério dos Esportes repassou para a ONG Bola Pra Frente R$ 8,5 milhões em 2008, o terceiro maior volume de recursos transferidos pela pasta para "entidades privadas sem fins lucrativos". Localizada em Jaguariúna (SP), a ONG é dirigida pela ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues, vereadora do PC do B, partido do ministro dos Esportes, Orlando Silva. Karina disse que a entidade é fiscalizada regularmente e que é exemplo de transparência. (págs. 1 e A5)
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Folha de S. Paulo
Eliane Cantanhêde
Para o Congresso, o céu não é o limite
Brasília criou uma cultura de viagens, em especial para o Rio. Todos viajam muito. O que não se sabia é o quanto o erário paga. A indústria de passagens é a partir do Congresso, mas não só ali.
Nem o TCU, que auxilia os congressistas a vigiar o uso do dinheiro da União, escapa. Agora, é criar um TCU para o TCU. O céu não é o limite para o caos aéreo e ético do Congresso. (págs. 1 e A2)
Doação ilegal a políticos foi feita por mais de 70 sindicatos
Pelo menos 73 sindicatos fizeram doações a candidatos nas quatro últimas eleições, apesar de proibição na Lei Eleitoral. Os dados são de prestações de contas oficiais. Políticos de todo o país receberam ao todo R$ 246 mil, segundo os registros.
Na maioria dos casos detectados pelos Tribunais Regionais Eleitorais, os candidatos devolveram o dinheiro ou disseram ter cometido equívoco ao prestar contas. A lei prevê que infratores sejam processados por abuso do poder econômico. (págs. 1 e A6)
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Jornal do Brasil
Sociedade aberta: Gláucio Ary Dillon Soares
Sociólogo
1964: a repressão militar e o desequilíbrio de poderes. (págs. 1 e A10)
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domingo, 19 de abril de 2009
Farra das passagens - No Congresso, até cadáver já andou de avião (Época)
O Submundo do caixa 2
Ex-funcionário do senador Gerson Camata diz que político usou servidores do gabinete para justificar despesas de campanha (Globo)
Mesadas de empreiteiras, funcionários obrigados a pagar contas de parlamentar que os emprega, prestações de contas falseadas para justificar gastos inexistentes. O economista Marcos Andrade disse ao repórter Chico Otavio que, por 19 anos, trabalhou assim para um político capixaba: o ex-governador do Espírito Santo e hoje senador Gerson Camata (PMDB). Seu relato é um retrato dos bastidores de gabinetes oficiais, onde o caixa dois desafia a transparência. Segundo o economista, funcionários de Camata aparecem na prestação de contas da campanha ao Senado em 2006 como prestadores de serviço, mas nunca receberam pagamento. Andrade diz que era obrigado a ceder 30% do salário no Senado para pagar despesas de Camata. E que o senador recebeu propina da empreiteira Odebrecht como recompensa por uma ponte construída em Vitória. O senador nega as denúncias e afirma que Andrade está perturbado psicologicamente. (O Globo - págs. 1, 3 e 4)
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Folha de S. Paulo
Editorial
Leia “Dinheiro na urna”, que critica financiamento público exclusivo de campanha e defende mais controles. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Notas e informações – As sagradas famílias
Por que o contribuinte que vota em um parlamentar deve custear as viagens de suas esposas e amigos? (págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
ONG recebe mais verba do que 12 estados
Entidade dirigida por vereadora do PCdoB, mesmo partido do ministro do Esporte, Orlando Silva, levou R$ 8,5 milhões do Programa Segundo Tempo, em 2008. Dinheiro representa metade do que foi destinado ao estado de São Paulo. (págs. 1 e Tema do dia, 2)
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Veja
Entrevista – Michel Temer – É preciso reagir agora – O presidente da Câmara dos Deputados diz que a crise ética atinge uma minoria no Parlamento, mas que, se nada for feito, arrastará toda a instituição. (págs. 17, 20 e 21)
Virou agência de viagem – Deputados usam cota de passagem aérea do Congresso Nacional para passeios com namorada, esposa, filhos, parentes, amigos e até para negócios. (págs. 60 a 62)
Abatido pelo radicalismo – Promotor que combatia na Justiça as ações criminosas do MST no Rio Grande do Sul abandona o caso depois de sofrer ameaças, constrangimentos, grampos e até um atentado contra sua vida. (págs. 64 e 65)
Quem mandou parar? – O governo mobiliza sua bancada na Câmara para encerrar a CPI das escutas ilegais. (pág. 69)
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Época
Farra das passagens
No Congresso, até cadáver já andou de avião (Época)
Um dia de Delúbio - Flagramos os encontros do ex-tesoureiro do PT em Brasília
No rastro de Delúbio – Em busca de votos para voltar ao PT e candidatar-se a deputado, o tesoureiro do mensalão passa 24 horas em Brasília em conversas com velhos amigos. (págs. 30 a 32)
Uma farra paga com nosso dinheiro – Parlamentares aproveitam regra frouxa e usam passagens aéreas bancadas com recursos públicos para ir ao exterior com a mulher, os filhos... (págs. 34 a 36)
Entrevista – Cristovam Buarque – “Causei um rebu” – Depois de sugerir a avaliação do Congresso em plebiscito, o senador diz que cumpriu o papel de alertar o país sobre a desmoralização do Parlamento. (pág. 37)
Entrevista – Protógenes Queiroz – “Sim, posso ser candidato” – Pela primeira vez, o controvertido delegado da Operação Satiagraha admite trocar a polícia pela política. (pág. 41)
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ISTOÉ
Eles vão barrar os abusos? – Os três Poderes se unem para conter o Estado policialesco que tomou conta do País. A tarefa exige mais do que uma lei no papel. (págs. 36 a 38)
Mercado paralelo – Uso indevido de passagens aéreas por parlamentares inclui venda de bilhetes da Câmara dos Deputados para qualquer um. (págs. 40 a 42)
O rei do axé – Investigado por destinar verba pública para festas de empresa, deputado pode ser expulso do PT apenas por traição. (pág. 49)
Vencer ou vencer – Para combater a crise, garantir a popularidade e fazer seu sucessor em 2010, o presidente Lula abre o cofre e favorece consumidores, municípios e Estados. De quebra, empresta US$ 4,5 bilhões ao FMI. (págs. 86 a 88)
Ex-funcionário do senador Gerson Camata diz que político usou servidores do gabinete para justificar despesas de campanha (Globo)
Mesadas de empreiteiras, funcionários obrigados a pagar contas de parlamentar que os emprega, prestações de contas falseadas para justificar gastos inexistentes. O economista Marcos Andrade disse ao repórter Chico Otavio que, por 19 anos, trabalhou assim para um político capixaba: o ex-governador do Espírito Santo e hoje senador Gerson Camata (PMDB). Seu relato é um retrato dos bastidores de gabinetes oficiais, onde o caixa dois desafia a transparência. Segundo o economista, funcionários de Camata aparecem na prestação de contas da campanha ao Senado em 2006 como prestadores de serviço, mas nunca receberam pagamento. Andrade diz que era obrigado a ceder 30% do salário no Senado para pagar despesas de Camata. E que o senador recebeu propina da empreiteira Odebrecht como recompensa por uma ponte construída em Vitória. O senador nega as denúncias e afirma que Andrade está perturbado psicologicamente. (O Globo - págs. 1, 3 e 4)
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Folha de S. Paulo
Editorial
Leia “Dinheiro na urna”, que critica financiamento público exclusivo de campanha e defende mais controles. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Notas e informações – As sagradas famílias
Por que o contribuinte que vota em um parlamentar deve custear as viagens de suas esposas e amigos? (págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
ONG recebe mais verba do que 12 estados
Entidade dirigida por vereadora do PCdoB, mesmo partido do ministro do Esporte, Orlando Silva, levou R$ 8,5 milhões do Programa Segundo Tempo, em 2008. Dinheiro representa metade do que foi destinado ao estado de São Paulo. (págs. 1 e Tema do dia, 2)
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Veja
Entrevista – Michel Temer – É preciso reagir agora – O presidente da Câmara dos Deputados diz que a crise ética atinge uma minoria no Parlamento, mas que, se nada for feito, arrastará toda a instituição. (págs. 17, 20 e 21)
Virou agência de viagem – Deputados usam cota de passagem aérea do Congresso Nacional para passeios com namorada, esposa, filhos, parentes, amigos e até para negócios. (págs. 60 a 62)
Abatido pelo radicalismo – Promotor que combatia na Justiça as ações criminosas do MST no Rio Grande do Sul abandona o caso depois de sofrer ameaças, constrangimentos, grampos e até um atentado contra sua vida. (págs. 64 e 65)
Quem mandou parar? – O governo mobiliza sua bancada na Câmara para encerrar a CPI das escutas ilegais. (pág. 69)
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Época
Farra das passagens
No Congresso, até cadáver já andou de avião (Época)
Um dia de Delúbio - Flagramos os encontros do ex-tesoureiro do PT em Brasília
No rastro de Delúbio – Em busca de votos para voltar ao PT e candidatar-se a deputado, o tesoureiro do mensalão passa 24 horas em Brasília em conversas com velhos amigos. (págs. 30 a 32)
Uma farra paga com nosso dinheiro – Parlamentares aproveitam regra frouxa e usam passagens aéreas bancadas com recursos públicos para ir ao exterior com a mulher, os filhos... (págs. 34 a 36)
Entrevista – Cristovam Buarque – “Causei um rebu” – Depois de sugerir a avaliação do Congresso em plebiscito, o senador diz que cumpriu o papel de alertar o país sobre a desmoralização do Parlamento. (pág. 37)
Entrevista – Protógenes Queiroz – “Sim, posso ser candidato” – Pela primeira vez, o controvertido delegado da Operação Satiagraha admite trocar a polícia pela política. (pág. 41)
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ISTOÉ
Eles vão barrar os abusos? – Os três Poderes se unem para conter o Estado policialesco que tomou conta do País. A tarefa exige mais do que uma lei no papel. (págs. 36 a 38)
Mercado paralelo – Uso indevido de passagens aéreas por parlamentares inclui venda de bilhetes da Câmara dos Deputados para qualquer um. (págs. 40 a 42)
O rei do axé – Investigado por destinar verba pública para festas de empresa, deputado pode ser expulso do PT apenas por traição. (pág. 49)
Vencer ou vencer – Para combater a crise, garantir a popularidade e fazer seu sucessor em 2010, o presidente Lula abre o cofre e favorece consumidores, municípios e Estados. De quebra, empresta US$ 4,5 bilhões ao FMI. (págs. 86 a 88)
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Depois dos Abusos e o desgaste da imagem, a Camâra dos Deputados começa a tomar providências
Esperam-se novas providências moralizadoras
Da Agência Câmara
Câmara reduz em 20% cota de passagens aéreas de deputados
O presidente da Câmara, Michel Temer, anunciou nesta quinta-feira uma redução de 20% na cota de passagens aéreas para os parlamentares. A decisão foi tomada em reunião da Mesa Diretora. Os integrantes da Mesa decidiram também restringir o uso desse crédito ao parlamentar, ao cônjuge, aos dependentes legais e a atividades parlamentares.
Hoje, dependendo do Estado de origem do deputado, o crédito para passagens varia entre R$ 4.700 e R$ 18.700 por mês. No ano passado, a Câmara teve despesas de R$ 78 milhões com as cotas para os deputados. A redução vai representar uma economia de R$ 15,6 milhões por ano.
A decisão foi tomada depois de denúncias contra o deputado Fábio Faria (PMN-RN), que teria utilizado o crédito para pagar passagens à ex-namorada, a apresentadora de televisão Adriane Galisteu; à mãe dela; e a atores de televisão. O deputado devolveu na terça-feira (14) R$ 21,3 para ressarcir os gastos com passagens que considerou inadequados.
Sessões ampliadas
Michel Temer também anunciou que a Mesa decidiu colocar em votação na próxima quarta-feira (22) um projeto de resolução para ampliar o tempo das sessões plenárias ordinárias, que passariam a ser das 12 às 19 horas, sendo de 12 às 15 horas para pronunciamentos do pequeno e grande expedientes e comunicações parlamentares, e das 15 às 19 horas para a Ordem do Dia. Hoje, a sessão começa às 14 horas para pronunciamentos, e o período destinado a votações vai das 16 às 19 horas.
A Mesa resolveu ainda implantar o ponto eletrônico para controlar a frequência de todos servidores da Câmara. O deputado Marcelo Ortiz (PV-SP), 1º suplente da Mesa, ressalta que a decisão "se estende a todos os funcionários, inclusive os de gabinete que estejam lotados em Brasília".
* do UOL Notícias
Da Agência Câmara
Câmara reduz em 20% cota de passagens aéreas de deputados
O presidente da Câmara, Michel Temer, anunciou nesta quinta-feira uma redução de 20% na cota de passagens aéreas para os parlamentares. A decisão foi tomada em reunião da Mesa Diretora. Os integrantes da Mesa decidiram também restringir o uso desse crédito ao parlamentar, ao cônjuge, aos dependentes legais e a atividades parlamentares.
Hoje, dependendo do Estado de origem do deputado, o crédito para passagens varia entre R$ 4.700 e R$ 18.700 por mês. No ano passado, a Câmara teve despesas de R$ 78 milhões com as cotas para os deputados. A redução vai representar uma economia de R$ 15,6 milhões por ano.
A decisão foi tomada depois de denúncias contra o deputado Fábio Faria (PMN-RN), que teria utilizado o crédito para pagar passagens à ex-namorada, a apresentadora de televisão Adriane Galisteu; à mãe dela; e a atores de televisão. O deputado devolveu na terça-feira (14) R$ 21,3 para ressarcir os gastos com passagens que considerou inadequados.
Sessões ampliadas
Michel Temer também anunciou que a Mesa decidiu colocar em votação na próxima quarta-feira (22) um projeto de resolução para ampliar o tempo das sessões plenárias ordinárias, que passariam a ser das 12 às 19 horas, sendo de 12 às 15 horas para pronunciamentos do pequeno e grande expedientes e comunicações parlamentares, e das 15 às 19 horas para a Ordem do Dia. Hoje, a sessão começa às 14 horas para pronunciamentos, e o período destinado a votações vai das 16 às 19 horas.
A Mesa resolveu ainda implantar o ponto eletrônico para controlar a frequência de todos servidores da Câmara. O deputado Marcelo Ortiz (PV-SP), 1º suplente da Mesa, ressalta que a decisão "se estende a todos os funcionários, inclusive os de gabinete que estejam lotados em Brasília".
* do UOL Notícias
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Financiadores de campanha política têm contra-partida: Vereadores que receberam doações da AIB atuam em áreas de interesse do setor na Câmara de S.P.
Folha de São Paulo
Manchete: Imobiliária banca vereador que atua pelo setor em SP
Doação é legal, diz entidade; parlamentares negam interferência em votação
Vereadores que receberam doações da Associação Imobiliária Brasileira atuam em áreas de interesse do setor na Câmara Municipal de São Paulo.
Além disso, das 41 propostas para alterar o zoneamento apresentadas desde 2005, 28 (68%) são de parlamentares a que a entidade fez doações em 2008.
A Folha revelou ontem que o Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário de São Paulo) usou uma associação para doar dinheiro a políticos, já que a lei proíbe sindicatos ou entidades de classe de fazê-lo.
A AIB foi a segunda maior financiadora individual na eleição paulistana do ano passado. (págs. 1 e A4)
Opinião do PAINEL DO PAIM
O financiamento privado de campanha é legal, mas é imoral.
Manchete: Imobiliária banca vereador que atua pelo setor em SP
Doação é legal, diz entidade; parlamentares negam interferência em votação
Vereadores que receberam doações da Associação Imobiliária Brasileira atuam em áreas de interesse do setor na Câmara Municipal de São Paulo.
Além disso, das 41 propostas para alterar o zoneamento apresentadas desde 2005, 28 (68%) são de parlamentares a que a entidade fez doações em 2008.
A Folha revelou ontem que o Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário de São Paulo) usou uma associação para doar dinheiro a políticos, já que a lei proíbe sindicatos ou entidades de classe de fazê-lo.
A AIB foi a segunda maior financiadora individual na eleição paulistana do ano passado. (págs. 1 e A4)
Opinião do PAINEL DO PAIM
O financiamento privado de campanha é legal, mas é imoral.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Conluio entre empresas e os cofres públicos através do financiamento privado de campanhas: Setor imobiliário de SP dribla a lei para ocultar doadores
Entidade que doou R$ 6,5 mi em 2008 foi usada por sindicato, proibido de contribuir
Associação foi a segunda maior doadora individual das eleições; sindicato diz que criou a entidade para fortalecer o setor imobiliário
FELIPE SELIGMAN
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O setor imobiliário de São Paulo, coordenado pelo Secovi, o sindicato da categoria, usou uma entidade para driblar a legislação eleitoral -que proíbe doações de sindicatos- e ocultar os verdadeiros responsáveis pelas doações feitas pelo setor. Nas eleições de 2008, ela foi a segunda maior financiadora individual do país, direcionando R$ 6,5 milhões a candidatos, governistas e de oposição, em sua quase totalidade paulistas.
Atrás apenas da construtora OAS no ranking do financiamento em 2008, a AIB (Associação Imobiliária Brasileira) não tem website, não tem escritório em funcionamento, é desconhecida no local informado à Receita onde funcionaria sua sede e, segundo seu presidente, Sergio Ferrador, não tem associados nem receita fixa.
A Folha conversou com sete candidatos beneficiados pela AIB. Quase todos afirmaram que as doações ocorreram em negociação não com a associação, mas com o Secovi-SP, que se autodenomina "o maior sindicato do setor imobiliário da América Latina". A lei proíbe que sindicatos ou entidades de classe façam doações eleitorais.
Segundo os políticos, o setor tem um dos lobbies mais organizados do país e, por isso, centraliza a decisão sobre quem serão os beneficiados pelas empresas do ramo, informação confirmada pela AIB. Ferrador diz que o objetivo é apoiar "quem está governando" para defender interesses do setor.
Salto desde 2002
Além de passar por cima da proibição, a doação por meio da associação impede que seja feita a ligação entre o real doador e o beneficiário. A maioria dos entrevistados falou na condição do anonimato. Alguns dos que se identificaram disseram que não conheciam a entidade antes da doação.
"Recebi a doação na terça da semana da eleição, depois que uma revista me apontou como o melhor vereador da cidade. Só vim conhecer [a associação] na quinta", disse José Police Neto (PSDB), o que mais recebeu recursos entre os candidatos a vereador de São Paulo, R$ 270 mil. Ele é líder do governo Gilberto Kassab (DEM) na Câmara e relator do projeto de revisão do Plano Diretor da cidade, que define entre outras coisas as regras para o setor imobiliário. Nega que seja influenciado pelas doações.
"A doação veio via partido", diz a vereadora Juliana Cardoso (PT-SP), cuja candidatura teve R$ 40 mil da associação.
As doações da AIB em 2008 foram distribuídas, entre outros partidos, a sete candidatos do PT, dez do DEM e 13 do PSDB. Elas assistiram a um salto desde 2002, quando foram doados R$ 426 mil. Em 2004, R$ 296 mil. Dois anos depois, foram R$ 2,4 milhões.
"Se a associação é constituída como pessoa jurídica para simular uma situação irreal, ela está burlando a Lei Eleitoral, que proíbe a doação da entidade sindical", disse Marcus Vinicius Coelho, presidente das comissões de Direito Eleitoral e de Legislação da OAB.
O presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, não quis comentar o caso sob o argumento de que pode ter de julgar o episódio. Afirmou apenas que pediu informações à Receita sobre os doadores, para detectar se houve descumprimento da lei, que limita o valor das doações.
No caso de pessoas jurídicas, elas não podem ultrapassar 2% de sua renda bruta do ano anterior. Em relação à AIB, sua receita em 2007 não poderia ser inferior a R$ 324 milhões.
A AIB diz que vale o faturamento somado das empresas doadoras, o que é contestado por Coelho: "Não há dúvida de que o faturamento deve ser o da pessoa jurídica doadora".
O TSE elaborou o ranking dos 20 CNPJs individuais que mais doaram em 2008 a pedido da Folha. Os R$ 6,48 milhões doados pela AIB a colocam na segunda posição, mas algumas grandes empresas doaram mais, se somados os CNPJs de suas controladas e associadas.
No endereço que a AIB informou à Receita, em São Paulo, o administrador do prédio, Nildo Pinheiro, disse desconhecer a entidade. Lá funciona um projeto social -do Secovi
Associação foi a segunda maior doadora individual das eleições; sindicato diz que criou a entidade para fortalecer o setor imobiliário
FELIPE SELIGMAN
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O setor imobiliário de São Paulo, coordenado pelo Secovi, o sindicato da categoria, usou uma entidade para driblar a legislação eleitoral -que proíbe doações de sindicatos- e ocultar os verdadeiros responsáveis pelas doações feitas pelo setor. Nas eleições de 2008, ela foi a segunda maior financiadora individual do país, direcionando R$ 6,5 milhões a candidatos, governistas e de oposição, em sua quase totalidade paulistas.
Atrás apenas da construtora OAS no ranking do financiamento em 2008, a AIB (Associação Imobiliária Brasileira) não tem website, não tem escritório em funcionamento, é desconhecida no local informado à Receita onde funcionaria sua sede e, segundo seu presidente, Sergio Ferrador, não tem associados nem receita fixa.
A Folha conversou com sete candidatos beneficiados pela AIB. Quase todos afirmaram que as doações ocorreram em negociação não com a associação, mas com o Secovi-SP, que se autodenomina "o maior sindicato do setor imobiliário da América Latina". A lei proíbe que sindicatos ou entidades de classe façam doações eleitorais.
Segundo os políticos, o setor tem um dos lobbies mais organizados do país e, por isso, centraliza a decisão sobre quem serão os beneficiados pelas empresas do ramo, informação confirmada pela AIB. Ferrador diz que o objetivo é apoiar "quem está governando" para defender interesses do setor.
Salto desde 2002
Além de passar por cima da proibição, a doação por meio da associação impede que seja feita a ligação entre o real doador e o beneficiário. A maioria dos entrevistados falou na condição do anonimato. Alguns dos que se identificaram disseram que não conheciam a entidade antes da doação.
"Recebi a doação na terça da semana da eleição, depois que uma revista me apontou como o melhor vereador da cidade. Só vim conhecer [a associação] na quinta", disse José Police Neto (PSDB), o que mais recebeu recursos entre os candidatos a vereador de São Paulo, R$ 270 mil. Ele é líder do governo Gilberto Kassab (DEM) na Câmara e relator do projeto de revisão do Plano Diretor da cidade, que define entre outras coisas as regras para o setor imobiliário. Nega que seja influenciado pelas doações.
"A doação veio via partido", diz a vereadora Juliana Cardoso (PT-SP), cuja candidatura teve R$ 40 mil da associação.
As doações da AIB em 2008 foram distribuídas, entre outros partidos, a sete candidatos do PT, dez do DEM e 13 do PSDB. Elas assistiram a um salto desde 2002, quando foram doados R$ 426 mil. Em 2004, R$ 296 mil. Dois anos depois, foram R$ 2,4 milhões.
"Se a associação é constituída como pessoa jurídica para simular uma situação irreal, ela está burlando a Lei Eleitoral, que proíbe a doação da entidade sindical", disse Marcus Vinicius Coelho, presidente das comissões de Direito Eleitoral e de Legislação da OAB.
O presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, não quis comentar o caso sob o argumento de que pode ter de julgar o episódio. Afirmou apenas que pediu informações à Receita sobre os doadores, para detectar se houve descumprimento da lei, que limita o valor das doações.
No caso de pessoas jurídicas, elas não podem ultrapassar 2% de sua renda bruta do ano anterior. Em relação à AIB, sua receita em 2007 não poderia ser inferior a R$ 324 milhões.
A AIB diz que vale o faturamento somado das empresas doadoras, o que é contestado por Coelho: "Não há dúvida de que o faturamento deve ser o da pessoa jurídica doadora".
O TSE elaborou o ranking dos 20 CNPJs individuais que mais doaram em 2008 a pedido da Folha. Os R$ 6,48 milhões doados pela AIB a colocam na segunda posição, mas algumas grandes empresas doaram mais, se somados os CNPJs de suas controladas e associadas.
No endereço que a AIB informou à Receita, em São Paulo, o administrador do prédio, Nildo Pinheiro, disse desconhecer a entidade. Lá funciona um projeto social -do Secovi
domingo, 5 de abril de 2009
Só o financiamento público de campanhas políticas acabará com o conluio entre parlamentares e as empreiteiras
Porque não sai a CPI das Empreiteiras: Elas patrocinaram 54,7% dos parlamentares do Congresso
As empreiteiras patrocinaram mais da metade dos parlamentares do Congresso Nacional nas eleições do ano passado.
Reportagem publicada pela Folha (só para assinantes) deste domingo mostra resultado de um levantamento feito no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre os recursos destinados pelas construtoras aos parlamentares.
Os dados revelaram que 54,7% dos parlamentares do Congresso receberam alguma verba de empresas do setor. Ou seja, as empresas bancaram 285 dos 513 deputados (55,5%) e 40 dos 81 senadores (49,3%).
Oficialmente, as construturas destinaram R$ 27 milhões nas campanhas eleitorais.
A reportagem mostra ainda que 40% dos parlamentares financiados pelas empreiteiras são membros da Comissão de Transportes da Câmara e 37% na de Infra-Estrutura do Senado.
A reportagem revela também que o vínculo dos parlamentares com as empreiteiras tem sido o principal entrave para investigar, em uma CPI, o lobby do setor em Brasília. Segundo o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), um dos defensores da CPI da Navalha, Brasília tem o “partido das empreiteiras”, o que deixa muita gente com o “rabo preso”.
Na lista dos maiores beneficiados por recursos de empreiteiras estão o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o ex-presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).
As empreiteiras patrocinaram mais da metade dos parlamentares do Congresso Nacional nas eleições do ano passado.
Reportagem publicada pela Folha (só para assinantes) deste domingo mostra resultado de um levantamento feito no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre os recursos destinados pelas construtoras aos parlamentares.
Os dados revelaram que 54,7% dos parlamentares do Congresso receberam alguma verba de empresas do setor. Ou seja, as empresas bancaram 285 dos 513 deputados (55,5%) e 40 dos 81 senadores (49,3%).
Oficialmente, as construturas destinaram R$ 27 milhões nas campanhas eleitorais.
A reportagem mostra ainda que 40% dos parlamentares financiados pelas empreiteiras são membros da Comissão de Transportes da Câmara e 37% na de Infra-Estrutura do Senado.
A reportagem revela também que o vínculo dos parlamentares com as empreiteiras tem sido o principal entrave para investigar, em uma CPI, o lobby do setor em Brasília. Segundo o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), um dos defensores da CPI da Navalha, Brasília tem o “partido das empreiteiras”, o que deixa muita gente com o “rabo preso”.
Na lista dos maiores beneficiados por recursos de empreiteiras estão o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o ex-presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).
sábado, 4 de abril de 2009
Crise sem fim – Senador Arthur Virgílio diz haver roubo no Senado
O Globo
No Senado, Conselho até para o coral
Além das diretorias, os Conselhos se multiplicaram no Senado: são pelo menos 17. Cada um tem de 5 a 10 integrantes, a maioria com adicional de salário. O conselheiro pode ganhar até R$ 12 mil, se tiver cargo comissionado, ou mais, se for funcionário de carreira. Há até um Conselho Administrativo do Coral. O presidente do Senado, José Sarney, preside o Conselho Editorial, sem remuneração. (págs. 1 e 3)
Pagamento a usineiros gera suspeita
O Ministério Público Federal vai recorrer do pagamento de R$ 178 milhões a usineiros, feito em tempo recorde pelo governo federal, para quitar uma suposta dívida que seria, no máximo, de R$ 14 milhões, segundo reportagem da revista “Época”. (págs. 1 e 11)
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Folha de S. Paulo
Senadores usam gráfica para obras promocionais
A Secretaria Especial de Editoração e Publicações, conhecida como “gráfica do Senado”, gasta R$ 30 milhões anuais com publicações que incluem material autopromocional dos senadores. Esse valor compraria 5 milhões de livros didáticos, relata Andreza Matais. Há obras em que os parlamentares falam da infância, do trabalho por “causas sociais” e de aparições na TV. Na gráfica, os senadores conseguem serviços que custariam muito mais no setor privado. Seu diretor, Júlio Pedrosa, recusou-se a falar do assunto. (págs. 1, A4 e A6)
------------------------------------------------------------------------------------
O Estado de S. Paulo
Senado paga adicional a funcionários em comissões
Além de dezenas de diretorias e conselhos, do uso indevido das verbas de gabinete e de horas extras pagas durante o recesso, o Senado tem comissões especiais em sua estrutura administrativa. Estão em atividade 18 comissões, com adicionais de R$ 2.641,93, R$ 1.980,75 e R$ 990,37. O valor da remuneração depende de quem manda constituir a comissão, se o presidente do Senado, o primeiro-secretário ou o diretor-geral. (págs. 1 e A12)
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Correio Braziliense
Crise sem fim – Senador diz haver roubo no Senado
Ao usar a tribuna em protesto pela demissão de cinco indicados para a burocracia do Senado, o tucano Arthur Virgílio (AM) falou sem meias-palavras: “Se estão trocando peças para manter pessoas que recebam ordens de Agaciel Maia, vou dizer ao presidente que vai continuar a roubalheira”. (pág. 1 e Tema do dia, pág. 2)
No Senado, Conselho até para o coral
Além das diretorias, os Conselhos se multiplicaram no Senado: são pelo menos 17. Cada um tem de 5 a 10 integrantes, a maioria com adicional de salário. O conselheiro pode ganhar até R$ 12 mil, se tiver cargo comissionado, ou mais, se for funcionário de carreira. Há até um Conselho Administrativo do Coral. O presidente do Senado, José Sarney, preside o Conselho Editorial, sem remuneração. (págs. 1 e 3)
Pagamento a usineiros gera suspeita
O Ministério Público Federal vai recorrer do pagamento de R$ 178 milhões a usineiros, feito em tempo recorde pelo governo federal, para quitar uma suposta dívida que seria, no máximo, de R$ 14 milhões, segundo reportagem da revista “Época”. (págs. 1 e 11)
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Folha de S. Paulo
Senadores usam gráfica para obras promocionais
A Secretaria Especial de Editoração e Publicações, conhecida como “gráfica do Senado”, gasta R$ 30 milhões anuais com publicações que incluem material autopromocional dos senadores. Esse valor compraria 5 milhões de livros didáticos, relata Andreza Matais. Há obras em que os parlamentares falam da infância, do trabalho por “causas sociais” e de aparições na TV. Na gráfica, os senadores conseguem serviços que custariam muito mais no setor privado. Seu diretor, Júlio Pedrosa, recusou-se a falar do assunto. (págs. 1, A4 e A6)
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O Estado de S. Paulo
Senado paga adicional a funcionários em comissões
Além de dezenas de diretorias e conselhos, do uso indevido das verbas de gabinete e de horas extras pagas durante o recesso, o Senado tem comissões especiais em sua estrutura administrativa. Estão em atividade 18 comissões, com adicionais de R$ 2.641,93, R$ 1.980,75 e R$ 990,37. O valor da remuneração depende de quem manda constituir a comissão, se o presidente do Senado, o primeiro-secretário ou o diretor-geral. (págs. 1 e A12)
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Correio Braziliense
Crise sem fim – Senador diz haver roubo no Senado
Ao usar a tribuna em protesto pela demissão de cinco indicados para a burocracia do Senado, o tucano Arthur Virgílio (AM) falou sem meias-palavras: “Se estão trocando peças para manter pessoas que recebam ordens de Agaciel Maia, vou dizer ao presidente que vai continuar a roubalheira”. (pág. 1 e Tema do dia, pág. 2)
quinta-feira, 2 de abril de 2009
A Camargo Corrêa diz escolher os candidatos para os quais doa "em função de seus ideais".
Construtora financia político em cidade onde é investigada
FÁBIO ZANINI
enviado especial da Folha a Nortelândia (MT)
A construtora Camargo Corrêa, no foco da investigação da Operação Castelo de Areia, é a financiadora eleitoral da elite política de algumas cidades no interior do país em que mantém interesses econômicos. É o caso de Nortelândia, uma cidadezinha de 6.200 habitantes a três horas de carro de Cuiabá.
Metade da área do município, equivalente a meia cidade de São Paulo, fica atrás dos muros e das cercas da fazenda Camargo, estabelecida em 1970.
Gigante econômica numa cidade com economia frágil e baixos indicadores sociais, a empresa teve peso decisivo no resultado da última eleição municipal. Foi ela a maior doadora privada para o prefeito, Neurilan Fraga (PR), e para 5 dos 9 vereadores, segundo dados declarados à Justiça Eleitoral.
Atenção semelhante recebem outras cidades em que a empresa tem obras, na análise de suas doações declaradas em 2008. É o caso de Iranduba (AM), Ribas do Rio Pardo (MS) e Glória de Dourados (MS).
Investigação
No caso de Nortelândia, o apoio político local vem a calhar para a empresa, investigada desde o ano passado pelo Ministério Público Estadual. A suspeita é de que sua usina hidrelétrica particular tenha alterado a vazão do rio Santana, que corta o município, reduzindo a população de peixes pintados e dourados e matando a atividade pesqueira local. Há também uma investigação sobre o não recolhimento de impostos.
O prefeito e os vereadores, aliados declarados da empresa, são da opinião de que não se deve fiscalizar suas atividades.
Há pelo menos cinco anos não é feita uma audiência pública na Câmara que tenha como tema as atividades da Camargo. "Quem tem de fiscalizar é o governo estadual. Nós não temos competência para isso", diz o vereador Luiz Garcia (PPS), financiado por ela.
A distribuição dos recursos para o prefeito, cinco vereadores e dois suplentes --da mesma coligação-- foi sacramentada em 12 de setembro, numa reunião na fazenda. Cada escolhido recebeu um cheque. O prefeito teve metade da campanha bancada pela Camargo. Recebeu R$ 54 mil, cinco vezes mais do que tudo que levantou seu único adversário. A campanha custou R$ 43 por voto. A de Gilberto Kassab (DEM), em São Paulo, R$ 14 por voto.
Pelas ruas esburacadas do centro, praticamente todas as casas ainda exibem adesivos amarelados da campanha de Neurilan. "Busquei o recurso junto a gerentes da empresa que conheço. É claro que ajudou muito", afirma o prefeito.
Os vereadores receberam cotas de R$ 3.000 cada um -em alguns casos, isso respondeu por 40% de tudo o que arrecadaram. Todos são do mesmo grupo, que há dois mandatos controla a cidade, embora pertençam a partidos diferentes: DEM, PMDB, PSDB, PPS e PR.
"Nosso grupo procurou a empresa e fomos agraciados com essas contribuições", afirma o vereador Benedito Mayer (PMDB). "É uma cidade de economia fraca, qualquer doação que entra faz muita diferença", diz o presidente da Câmara, Aníbal Oliveira (DEM).
Em 68 mil hectares, a fazenda cria 14.500 cabeças de gado nelore, planta 9.124 hectares de soja, 1.200 de milho e 300 de sorgo. A usina hidrelétrica tem capacidade de 4,2 MW e foi construída com R$ 15 milhões de recursos do BNDES. A Promotoria apura assoreamento do rio, desmatamento de vegetação ciliar e a criação desordenada de javalis (uma praga para as pequenas lavouras locais).
São 160 empregos gerados (muito pouco, segundo moradores) e nenhum centavo de imposto recolhido ao município. Por estar em área rural, a fazenda não paga IPTU. Também não recolhe ISS nem paga royalties pelo uso da água do rio. Todos os pontos estão sendo investigados. "É no mínimo imoral que essa empresa tenha pago tantas campanhas de políticos do município", afirma a promotora Claire Dutra.
Outro lado
A Camargo Corrêa diz escolher os candidatos para os quais doa "em função de seus ideais".
Segundo a empresa, pesam na decisão o compromisso do candidato com temas como crescimento do país, educação e situação de crianças e adolescentes.
As doações, segundo o grupo, são feitas de forma "plural", ou seja, para vários partidos. Os valores são estabelecidos segundo a realidade econômica das cidades.
A empresa diz que a fazenda Camargo emprega 160 pessoas e gera divisas para o município na medida do possível --além de pagar todos os impostos que a lei exige.
Não se paga royalties sobre o uso do rio, de acordo com a Camargo Corrêa, porque toda a produção da usina é para consumo próprio, localmente e nos escritórios de São Paulo, o que é permitido.
A empresa também diz que tem licenciamento ambiental do governo do Estado, que a usina não altera a vazão natural do rio e que, em períodos de estiagem, há uma limitação de operação, sempre assegurando um fluxo mínimo para não prejudicar a fauna marinha.
A construtora nega ter havido desmatamento e diz ter autorização do Ibama para uma pequena criação de javalis, cerca de 40 animais.
A Camargo Corrêa afirma ainda que tem ações sociais na cidade, em áreas como reforma de escolas e capacitação profissional.
Leia Mais e Veja como são as empresas e não o povo que elegem os "representantens", no governo e nos parlamentos:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u545025.shtml
FÁBIO ZANINI
enviado especial da Folha a Nortelândia (MT)
A construtora Camargo Corrêa, no foco da investigação da Operação Castelo de Areia, é a financiadora eleitoral da elite política de algumas cidades no interior do país em que mantém interesses econômicos. É o caso de Nortelândia, uma cidadezinha de 6.200 habitantes a três horas de carro de Cuiabá.
Metade da área do município, equivalente a meia cidade de São Paulo, fica atrás dos muros e das cercas da fazenda Camargo, estabelecida em 1970.
Gigante econômica numa cidade com economia frágil e baixos indicadores sociais, a empresa teve peso decisivo no resultado da última eleição municipal. Foi ela a maior doadora privada para o prefeito, Neurilan Fraga (PR), e para 5 dos 9 vereadores, segundo dados declarados à Justiça Eleitoral.
Atenção semelhante recebem outras cidades em que a empresa tem obras, na análise de suas doações declaradas em 2008. É o caso de Iranduba (AM), Ribas do Rio Pardo (MS) e Glória de Dourados (MS).
Investigação
No caso de Nortelândia, o apoio político local vem a calhar para a empresa, investigada desde o ano passado pelo Ministério Público Estadual. A suspeita é de que sua usina hidrelétrica particular tenha alterado a vazão do rio Santana, que corta o município, reduzindo a população de peixes pintados e dourados e matando a atividade pesqueira local. Há também uma investigação sobre o não recolhimento de impostos.
O prefeito e os vereadores, aliados declarados da empresa, são da opinião de que não se deve fiscalizar suas atividades.
Há pelo menos cinco anos não é feita uma audiência pública na Câmara que tenha como tema as atividades da Camargo. "Quem tem de fiscalizar é o governo estadual. Nós não temos competência para isso", diz o vereador Luiz Garcia (PPS), financiado por ela.
A distribuição dos recursos para o prefeito, cinco vereadores e dois suplentes --da mesma coligação-- foi sacramentada em 12 de setembro, numa reunião na fazenda. Cada escolhido recebeu um cheque. O prefeito teve metade da campanha bancada pela Camargo. Recebeu R$ 54 mil, cinco vezes mais do que tudo que levantou seu único adversário. A campanha custou R$ 43 por voto. A de Gilberto Kassab (DEM), em São Paulo, R$ 14 por voto.
Pelas ruas esburacadas do centro, praticamente todas as casas ainda exibem adesivos amarelados da campanha de Neurilan. "Busquei o recurso junto a gerentes da empresa que conheço. É claro que ajudou muito", afirma o prefeito.
Os vereadores receberam cotas de R$ 3.000 cada um -em alguns casos, isso respondeu por 40% de tudo o que arrecadaram. Todos são do mesmo grupo, que há dois mandatos controla a cidade, embora pertençam a partidos diferentes: DEM, PMDB, PSDB, PPS e PR.
"Nosso grupo procurou a empresa e fomos agraciados com essas contribuições", afirma o vereador Benedito Mayer (PMDB). "É uma cidade de economia fraca, qualquer doação que entra faz muita diferença", diz o presidente da Câmara, Aníbal Oliveira (DEM).
Em 68 mil hectares, a fazenda cria 14.500 cabeças de gado nelore, planta 9.124 hectares de soja, 1.200 de milho e 300 de sorgo. A usina hidrelétrica tem capacidade de 4,2 MW e foi construída com R$ 15 milhões de recursos do BNDES. A Promotoria apura assoreamento do rio, desmatamento de vegetação ciliar e a criação desordenada de javalis (uma praga para as pequenas lavouras locais).
São 160 empregos gerados (muito pouco, segundo moradores) e nenhum centavo de imposto recolhido ao município. Por estar em área rural, a fazenda não paga IPTU. Também não recolhe ISS nem paga royalties pelo uso da água do rio. Todos os pontos estão sendo investigados. "É no mínimo imoral que essa empresa tenha pago tantas campanhas de políticos do município", afirma a promotora Claire Dutra.
Outro lado
A Camargo Corrêa diz escolher os candidatos para os quais doa "em função de seus ideais".
Segundo a empresa, pesam na decisão o compromisso do candidato com temas como crescimento do país, educação e situação de crianças e adolescentes.
As doações, segundo o grupo, são feitas de forma "plural", ou seja, para vários partidos. Os valores são estabelecidos segundo a realidade econômica das cidades.
A empresa diz que a fazenda Camargo emprega 160 pessoas e gera divisas para o município na medida do possível --além de pagar todos os impostos que a lei exige.
Não se paga royalties sobre o uso do rio, de acordo com a Camargo Corrêa, porque toda a produção da usina é para consumo próprio, localmente e nos escritórios de São Paulo, o que é permitido.
A empresa também diz que tem licenciamento ambiental do governo do Estado, que a usina não altera a vazão natural do rio e que, em períodos de estiagem, há uma limitação de operação, sempre assegurando um fluxo mínimo para não prejudicar a fauna marinha.
A construtora nega ter havido desmatamento e diz ter autorização do Ibama para uma pequena criação de javalis, cerca de 40 animais.
A Camargo Corrêa afirma ainda que tem ações sociais na cidade, em áreas como reforma de escolas e capacitação profissional.
Leia Mais e Veja como são as empresas e não o povo que elegem os "representantens", no governo e nos parlamentos:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u545025.shtml
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