segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Vice de SC desiste de assumir o governo em janeiro
Divulgação
Denunciado pelo Ministério Público sob a acusação de corrupção passiva, o vice-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB), alterou os seus planos.
Combinara com o governador, Luiz Henrique (PMDB), que assumiria o governo catarinense em 5 de janeiro.
Candidato ao Senado, Luiz Henrique anteciparia em três meses o seu desligamento do cargo, previsto em lei para o final de março.
No final de semana, em telefonema ao governador, Pavan comunicou sua decisão de dar meia-volta. Alegou que precisa de tempo para preparar sua defesa.
É acusado de tentar beneficiar uma empresa distribuidora de combustíveis que tentava reaver a incrição estadual, cassada pelo fisco catarinense.
Investigação da Polícia Federal concluiu que a operação, frustrada graças à reação de servidores, envolveu o pagamento de propina de R$ 100 mil.
O ministério Público do Estado acatou as conclusões da polícia, convertendo-as em denúncia, já protocolada no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
O tucano Pavan reconhece ter recebido representantes da empresa enrolada. Mas nega o malfeito de que é acusado.
Em abril, depois da saída de Luiz Henrique, terá de assumir o governo de qualquer jeito. A opção seria a renúncia, que parece não cogitar.
Ao contrário, Pavan tenta empinar, a despeito da denúncia, uma candidatura a governador.
Submete o seu nome à consideração da chamada tríplice aliança, um arranjo partidário que reúne em torno do governo local PMDB, DEM e PSDB.
É improvável, porém, que Pavan prevaleça. Antes do rolo, seu nome já não parecia o mais forte. Depois, tonificaram-se as pretensões de outro candidato.
Chama-se Raimundo Colombo. É senador pelo DEM. Seja qual for o candidato, o grupo reunido em torno do pemedebê Luiz Henrique é avesso ao PT.
Deve oferecer palanque no Estado ao presidenciável oposicionista José Serra, do mesmo PSDB do denunciado Pavan.
Escrito por Josias de Souza às 05h25
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Procuradoria-Geral da República entra com ação no STF contra de lei do DF que emperra impeachment de Arruda
Repórter da Agência Brasil
Em Brasília
A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação pedindo a inconstitucionalidade da Lei Orgânica do Distrito Federal, que condiciona a abertura de ação penal contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, à autorização da Câmara Legislativa.
Na ação, o procurador-geral, Roberto Gurgel, argumenta que a norma é "inválida" uma vez que a Lei Orgânica não pode estabelecer restrições à competência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para processar e julgar governadores. "A lei distrital não pode limitar a Constituição Federal", afirma, em nota, a PGR.
No documento, a Procuradoria-Geral da República informa ainda que devolveu ao STJ, onde tramita o inquérito do suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, o relatório parcial da Polícia Federal pedindo a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos envolvidos "por haver indícios consistentes" da participação no "esquema de desvio e de apropriação de recursos públicos no Distrito Federal".
A PGR pediu ainda novas operações de busca e apreensão e a requisição de documentos à Secretaria de Fazenda do DF.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Vice de Santa Catarina é denunciado por ‘corrupção’
Divulgação
O Ministério Público de Santa Catarina denunciou o vice-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB).
A denúncia foi protocolada no Tribunal de Justiça catarinense, nesta terça (15), pelo procurador-geral de Justiça, Gercino Gomes Neto (foto).
Pavan foi acusado de três crimes: corrupção passiva, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional.
Teria recebido vantagem indevida de representantes de uma empresa chamada Arrows Petróleo do Brasil.
Junto com Pavan, foram denunciadas outras seis pessoas. Todas indiciadas em inquérito da Polícia Federal, na semana passada.
Pavan ainda não se pronunciou. Em manifestações anteriores, pessoais e de seu advogado, Gastão Rosa Filho, o vice-governador negara os malfeitos.
O procurador-geral Gercino informou que os acusados serão notificados da denúncia. Terão prazo para apresentar suas defesas.
Apurou-se no inquérito da PF que a Arrows chegou a efetuar, por baixo da mesa, pagamento de R$ 100 mil.
A empresa tentava reativar sua inscrição no fisco de Santa Catarina. O documento fora cassado porque a Arrows deixara de honrar o pagamento de tributos.
Pavan reconheceu que recebera os agentes da empresa. Tentara encaminhar o pleito. Alegou que retirou de cena depois de ter sido informado de que o pleito era indevido.
Em entrevista, o procurador-geral Gercino disse coisa diversa:
"Não há dúvidas de que o inquérito contém elementos suficientes para o oferecimento da denúncia...”
Denúncia “...pelos crimes de corrupção, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional”.
Pavan insinuara que estava sendo vítima de armação política. E Gercino: “O Ministério Público age tecnicamente, e não politicamente". Acrescentou:
"O Ministério Público catarinense age com o mesmo rigor em relação ao cidadão mais comum e ao cidadão detentor da maior qualificação...”
“...Todos somos cidadãos e todos temos o dever de cumprir as leis do País. Agora cabe ao Judiciário dar a resposta ao pleito do Ministério Público”.
Pavan assume o governo de Santa Catarina em 5 de janeiro. Candidato ao Senado, o governador Luiz Henrique (PMDB) vai se licenciar do cargo.
No final de semana, Luiz Henrique dissera que repassaria o governo a Pavan mesmo que o vice-governador fosse denunciado pelo Ministério Público.
Assim, Santa Catarina será governada durante o ano de 2010 por um político às voltas com a suspeita de ter incorrido em corrupção.
- Atualização feita às 19h45 desta terça (5): Leonel Pavan levou à web uma nota. Diz que provará sua inocência. O texto pode ser lido aqui.
Escrito por Josias de Souza às 17h57
domingo, 13 de dezembro de 2009
Rede de cargos de confiança pode proteger Arruda
No centro do escândalo do "mensalão do DEM de Brasília", o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), poderá salvar seu mandato graças à forte máquina política que sustenta seu governo. Além de ter apoio político da maioria dos deputados distritais, o governador tem o controle de uma poderosa rede de cargos comissionados que ajudam a manter sua influência na capital.
Ao todo, dispõe de 18.368 vagas comissionadas para distribuir a pessoas que bem entender. No caso do governo federal são 21.008 cargos comissionados, distribuídos por todo o País, segundo a assessoria do Ministério do Planejamento. A diferença é de menos de 3 mil vagas.
Para o deputado distrital José Antônio Reguffe (PDT), são cargos em demasia. "Na França, o governo tem pouco mais de 4 mil cargos comissionados. Nos Estados Unidos, são 5 mil. É óbvio que existem comissionados demais. Esses recursos deveriam ser destinados para melhorar serviços públicos na saúde, educação, segurança pública, em vez de estar servindo para pagamento de salários para funcionários desnecessários", avalia.
Segundo Reguffe, as vagas comissionadas servem para acomodar os aliados do governador. "O processo funciona como uma espécie de estatização dos cabos eleitorais", diz. "Isso se reproduz na maioria dos Estados."
Na visão do governo do DF, a situação é diferente. Dados da Secretaria de Planejamento indicam que o atual governo fez enxugamento desse tipo de vaga provisória em relação à administração de Joaquim Roriz (PSC), antecessor de Arruda. Em dezembro de 2006, havia 31.220 servidores com vínculo provisório, dos quais 11.800 servidores estavam lotados no Instituto Candango de Solidariedade. Segundo a secretaria, Arruda extinguiu esse instituto, envolvido em acusações de irregularidades, cortando 41% nas vagas provisórias. Mas, considerados só cargos realmente comissionados, a queda foi de 733 postos, equivalente a 4%.
O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. Arruda é citado em inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em que é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Valter Pereira afirma que caso Arruda reflete crise política no país
Ao comentar o escândalo de corrupção que envolveu as autoridades do Distrito Federal, inclusive o governador José Roberto Arruda (DEM), o senador Valter Pereira (PMDB-MS) disse que o caso reflete uma crise ética que se espalha por todo o país. Ele disse ser difícil apontar um dos grandes partidos brasileiros que não sofreu desgaste provocado por desvios éticos praticados por seus integrantes nos últimos anos. - Daí a desilusão de muitos, a descrença de tantos outros e a indiferença de grande parcela da população, que exorciza a atividade política ao invés de mudá-la ou de, pelo menos, tentar fazer isso - observou. Valter Pereira também disse que, embora os vídeos em que Arruda e deputados distritais aparecem recebendo maços de dinheiro vivo sejam fortes, não há motivos para que a população veja o denunciante, Durval Barbosa, como "paladino da moralidade pública", pois o mesmo responde a diversos processos na justiça e podem haver outros interesses por trás das denúncias. - Não resta dúvida de que ele acabou prestando um notável serviço público ao denunciar as mazelas do Palácio do Buriti. Mas, entre a sua condição de meliante e o status de herói que alguns querem lhe atribuir, existe uma enorme distância - completou. Para o senador, o caso Arruda, além de prejudicar a imagem do Democratas, "respinga na vida partidária em geral". Ele acredita que chegou a hora de o Congresso Nacional instituir o recall de mandatos eletivos, dando aos eleitores a possibilidade de revogarem mandatos cujos titulares transgridam deveres éticos. Valter Pereira lamentou que tais acontecimentos estejam engessando o funcionamento da administração da capital federal. - A verdade é que o episódio envolvendo o governador José Roberto Arruda é lastimável sob todos os aspectos e precisa sim de que o Congresso Nacional acompanhe atentamente o desenrolar da crise। Porque ela reflete também uma crise ética que não está só no Distrito Federal, mas se espalha como praga de gafanhoto por todo o território brasileiro - sentenciou Valter Pereira. Campo Grande News |
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Arruda tenta adiar reunião em que DEM o expulsará
Os advogados de José Roberto Arruda devem se reunir nesta segunda-feira (7).
Buscam formas de provocar o adiamento da reunião da Executiva do DEM.
Está marcada para a próxima quinta (10). Na pauta, a expulsão de Arruda.
Dá-se de barato que o governador do DF será expurgado dos quadros do partido.
Sem legenda, Arruda não poderia tentar a sorte nas urnas de 2010.
Daí a tentativa de retardar, pela via judicial, o julgamento da Executiva.
Um dia antes do encontro do DEM, reúne-se a Executiva do PMDB.
Vai à mesa uma pergunta: convém ao PMDB manter o apoio a Arruda?
Um vídeo arrastou para dentro do panetonegate um lote de grão-pemedebês.
Soaram na fita nomes como o de Michel Temer e Henrique Eduardo Alves.
Nos diálogos, a insinuação de que o presidente da Câmara e o líder do PMDB se serviram de fatias do panetone.
Todo mundo negou. Temer, indignado, disse que tomaria providências judiciais.
O bom senso aconselha o PMDB a tomar distância de Arruda. Porém...
Porém, um pedaço do diretório do PMDB no DF leva o pé ao freio.
A Executiva local discute a matéria antes da nacional, nesta segunda (7).
Se bater em retirada, hipótese vista como improvável até a semana passada, o PMDB complica a vida de Arruda.
É um dos esteios do governador na Câmara Legislativa do DF, em cujos escaninhos correm os pedidos de impeachment formulados contra Arruda.
Escrito por Josias de Souza às 05h13
domingo, 6 de dezembro de 2009
Patrimônio de Arruda cresce 1.060%, destaca "O Estado de S.Paulo"; veja mais notícias
Manchete: Por que corrupção não dá cadeia no Brasil?
Cerca de 40% das ações contra autoridades no STJ prescrevem ou caem no limbo; condenações são só 1%
De escândalo em escândalo, o Brasil se acostumou a ver dinheiro em malas, meias e cuecas - como nos recentes mensalões do PT e do DEM. Mas a marca dos escãndalos brasileiros é a impunidade: levantamento da Associação de Magistrados Brasileiros revela que, das ações contra autoridades no Superior Tribunal de Justiça (STJ), 40% prescrevem ou caem no limbo do Judiciário. NO STF, o percentual é de 45%. As condenações de autoridades são apenas 1% no STJ - muitas convertidas em penas pecuniárias irrisórias - e inexistem no STF. Desde que foi criada há 17 anos, a Lei de Improbidade Administrativa condenou 1.605 pessoas. Para juízes, cientistas políticos, psicólogos e procuradores ouvidos pelo GLOBO, punir corruptos é o caminho para concluir a democratização brasileira, que trouxe o aumento da Fiscalização da gestão pública. "Mas não conseguimos consumar a punição, ponta final do processo. O percurso precisa ser fechado urgentemente", alerta a cientista política Rita Biason. Com partidos minados por denúncias de corrupção, falta porta-voz para a bandeira da ética. "É grave, porque pode dar condições para candidatos identificados com o 'rouba, mas faz' ganharem espaço", avalia o cientista político Leonardo Barreto. (págs. 1, 3 a 9)
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Folha de S. Paulo
Campanha de Arruda financiou 236 candidatos
O escritório político do governador José Roberto Arruda (DEM) em 2006 financiou 220 candidaturas à Câmara Legislativa do DF e 16 à Câmara dos Deputados, num total de R$ 642 mil. Prestação de contas omitiu datas de pagamento e dados do CNPJ, o que pode indicar fraude, diz promotor. O responsável pelas doações não foi localizado. (págs. 1 e A4)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Patrimônio de Arruda cresce 1.060%
Em sete anos, soma de bens do governador do DF passa de R$ 600 mil para R$ 7 milhões
O patrimônio do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, filmado recebendo dinheiro vivo no escândalo do "mensalão do DEM", cresceu 1.060% em sete anos, informa o repórter Rodrigo Rangel. Nas declarações à Justiça Eleitoral, em 2002 e 2006, a soma dos bens do governador não passava de R$ 600 mil. Agora, o patrimônio real da família Arruda, só em imóveis em Brasília, acumula um valor de mais de R$ 7 milhões. Da posse como governador, em 2007, para cá, há pelo menos dois casos de imóveis comprados por terceiros - entre eles um empresário do setor de transportes de Brasília - e depois transferidos para filhos de Arruda. A lista de bens inclui aquisições recentes. Em 17 de setembro, o governador, que recebe R$ 16 mil por mês, comprou cinco salas em prédio comercial com localização nobre em Brasília, por R$ 1,6 milhão. "O patrimônio é absolutamente compatível com a renda que ele tem", diz Cláudio Fruet, advogado de Arruda. (págs. 1 e A4 a A9)
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Correio Braziliense
Manchete: Lixo hospitalar vale ouro na Câmara
A Operação Caixa de Pandora, que revelou o escândalo da propina no governo Arruda, mostra também uma triangulação em um setor de alta rentabilidade: o tratamento do lixo hospitalar. Rafael Prudente, filho do presidente afastado Leonardo Prudente (DEM), representa a única empresa beneficiada por uma lei de autoria de Cabo Patrício (PT) que estabelece regras para a execução do serviço no DF. A Serquip já teve o contrato emergencial renovado por duas vezes e se prepara para atender unidades como o Hospital de Base em contratos de até R$ 1 milhão. (págs. 1 e 27 a 30)
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Veja
O Natal dos safados
A impunidade e outros 9 presentes que os corruptos sempre ganham de Papai Noel
Poder, dinheiro, corrupção e... - O governador de Brasília estrela um dos mais repugnantes espetáculos de corrupção já vistos na história. Sem nenhum pudor, políticos foram filmados recebendo dinheiro de propina em meias, cuecas, bolsas e até via Correios. Depois, ainda rezam, agradecendo a Deus a graça alcançada. (págs. 76 a 81)
Contra a parede - O STF processará o senador Eduardo Azeredo, do PSDB, pelo "mensalão mineiro". A defesa do tucano é bem petista: ele diz que nunca soube de nada. (pág. 86)
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Época
100 - Os brasileiros mais influentes em 2009
Os segredos do mensalão de Arruda - A história de chantagens e traições que levou à denúncia de um esquema de corrupção milionário e à derrocada do governador do Distrito Federal. (págs. 40 a 46)
Se não punir, eles sempre voltam - Há nove anos, Arruda estava em outro escândalo. Seu caso mostra que, no Brasil, a impunidade perpetua e incentiva os desvios éticos na política. (págs. 48 e 49)
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ISTOÉ
Cruz credo! - Preces e dinheiro em cueca e meias. O "Mensalão do DEMO", chefiado pelo governador José Roberto Arruda, é um esquema de corrupção diferente por ser cheio de provas e de caras de pau. (págs. 40 a 50)
A versão da ex de Arruda - Mariane Vicentini diz que o governador usa o dinheiro da corrupção para construir patrimônio não declarado à Receita. (págs. 52 e 53)
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ISTOÉ Dinheiro
Os fornecedores à sombra de Arruda - O mensalão do DEM colocou o governador do Distrito Federal à beira do impeachment. Mas os impactos também podem ser devastadores para muitas empresas. (págs. 36 a 38)
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CartaCapital
O conto do Natal - O DEM acabou no panetone
As imagens de corrupção explícita complicam a vida de Arruda, o único governador do ex-PFL
Exclusivo: novas ramificações em São Paulo das empresas envolvidas no escândalo do DF
Na meia, na cueca... – Brasília – José Roberto Arruda virou um cadáver político e seu enterro é questão de dias, ou de horas. Resta medir os efeitos do escândalo sobre o já combalido DEM. (págs. 24 a 30)
As ramificações do panetone – São Paulo – Empresas do esquema do DF atuam no governo estadual e na prefeitura. (págs 32 e 33)
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sábado, 5 de dezembro de 2009
Barbosa acusa Arruda de comprar haras no DF por meio de laranja
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Além de acusar José Roberto Arruda de ter recebido propina, o pivô do "mensalão", Durval Barbosa, afirmou ao Ministério Público do DF que o governador do DEM comprou um haras em nome de um laranja na região de Planaltina, a 90 km do centro de Brasília.
Esse suposto laranja foi apontado por Barbosa apenas como uma pessoa de nome Severo, sem mais detalhes. Arruda nega.
A Folha localizou ontem o haras Sparta, de 99,9 hectares, com casas e piscina. Foi comprado em 2008 pelo empresário Severo de Araujo Dias, que também comprou neste ano duas chácaras atrás do haras, num total de 80 hectares, segundo o vizinho Francisco Cupertino.
Ex-dono do imóvel, o criador Anastase Panagiotis Bokos disse que a propriedade foi vendida por R$ 500 mil a Dias. O haras era anunciado por R$ 2,6 milhões, mas o ex-dono afirma que esse valor era se fosse de "porteira fechada" --com tudo dentro.
"Não conheço o governador. Nem tratei nada com ele, mas sei que Severo diz ser amigo [de Arruda] e criador de cavalos há mais tempo do que eu", disse.
Dias nega ser laranja. Ele é dono desde 2001 de empresa voltada à criação de animais em Anápolis (GO), com capital social de R$ 40 mil.
Leia mais sobre a crise no DF
- Presidente da Câmara do DF envia pedidos de impeachment contra Arruda à CCJ
- Desaparece dinheiro monitorado pela PF em operação contra corrupção no DF
- Kassab manda investigar contratos com empresas citadas em investigação no DF
Outras notícias de política
- PT faz festa para homenagear ex-presidentes do partido e réus do mensalão
- Grupo do PSOL pró-candidatura própria se reúne para definir estratégia
- Aécio diz que Azeredo é vítima de conturbado momento político e defende senador
Especial
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Arruda receia impeachment e perda de foro especial
Elza Fiúza/ABr
Submetido a um processo acelerada deterioração política, o governador José Roberto Arruda já receia pelo pior.
No seu caso, o pior seria a aprovação do impeachment na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Sem mandato, o governador perderia o foro especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Ficaria ao alcance de um juiz de primeiro grau. Algo que, na opinião de um auxiliar do governador ouvido pelo blog, o deixaria vulnerável a eventuais pedidos de prisão.
Impensável até a semana passada, a hipótese do afastamento passou a frequentar os cenários esboçados por Arruda e pelo grupo dele.
Um grupo cada vez mais restrito. Já desembarcaram do governo Arruda quatro legendas com alguma expressão: PSDB, PDT, PSB e PPS.
Na próxima segunda (7), a Executiva do PMDB-DF se reúne para decidir se mantém ou não o apoio a Arruda. Um pedaço do partido busca a porta de saída.
Na quinta (10), a Executiva Nacional do DEM decide sobre a expulsão de Arruda de seus quadros. Forma-se uma maioria pró-expurgo.
Sem legenda, Arruda não poderia comparecer às urnas de 2010. Pretendia disputar a reeleição. Mas o prazo legal para a troca de partido expirou em setembro.
É sob essa atmosfera adversa, isolado e sem partido, que Arruda vai enfrentar os pedidos de impeachment que se avolumam na Câmara Legislativa.
Há, por ora, seis petições de afastamento. Um sétimo pedido está prestes a sair do forno da OAB. Devem ser apensados, tramitando em conjunto.
A primeira meia dúzia foi lida nesta quarta (2), no plenário do legislativo. A Lei Orgânica do DF impõe uma tramitação rápida.
Ruim para Arruda, que conta com o esfriamento do calderião e preferia enfrentar a encrenca mais adiante.
A Mesa que dirige a Câmara Legislativa tem cinco dias para enviar os pedidos de afastamento do governador à Comissão de Constituição e Justiça.
A comissão dispõe de 15 dias para se manifestar sobre a matéria. Depois, o abacaxi retorna ao plenário, onde terá de ser descascado.
Estão em jogo 24 votos. Para aprovar o afastamento, são necessários 16. Há seis dias, Arruda dispunha de folgada maioria.
Uma maioria alimentada à base de panetone$. Pelo menos nove deputados são investigados por frequentar a folha do mensalão do GDF.
A bancada do panetone deve arrostar processos de perda de mandato. Mas, por ora, seus integrantes mantêm o direito de votar.
Em tese, esse pedaço da Câmara estaria unido a Arruda por uma fidelidade monetária. Porém...
Porém, os operadores de Arruda receiam que, para simular inocência, parte a bancada do panetone já estaria flertando com a “independência”.
Prevalecendo o impeachment, assumiria o vice Paulo Octácio (DEM). Mas os pedidos de afastamento incluem o vice, também chamuscado nas investigações.
Impedidos ambos, assumiria o presidente da Câmara. Chama-se Leonardo Prudente (DEM).
Pilhado num vídeo em que aparece recheando as meias com maços de dinheiro, Prudente licenciou-se da presidência por 60 dias.
O terceiro na linha sucessória é o vice-presidente da Câmara, Cabo Patrício (PT), que responde interinamente pela presidência.
Há, porém, um outro problema. O recesso de final de ano pode empurrar o julgamento político de Arruda para o início de 2010.
Reza a legislação que, ocorrendo no último ano do mandato do governante, o impeachment obriga a convocação, em 30 dias, de eleições indiretas.
Como Arruda não cogita tombar sem reação, a decisão sobre a sucessão do GDF poderia escorregar, no limite, para o TSE. E dali para o STF.
- Em tempo: Pressionando aqui, você chega aos vídeos que dão cara ao escândalo.
No quadro abaixo, vão resumidos os dados que carbonizam o prestígio de Arruda, dando-lhe a aparência de comandante em chefe da perversão:
Escrito por Josias de Souza às 04h46
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Gaspari desta quarta: ‘Ah, se meu panetone falasse...’
Na tarde de terça (1º), reunido com os sábios da tribo ‘demo’, José Roberto Arruda posou de valente: “Se o partido radicalizar comigo, vou radicalizar também”.
Em artigo levado às páginas desta quarta (2), o repórter Elio Gaspari constata: na hora em que a ceia esquenta, Arruda se torna panetone mudo. Recolhe a língua e sai de fininho.
O texto do repórter, encontrável no Globo e na Folha, vai reproduzido abaixo. No vídeo lá do alto, um passeio pelas imagens da pilhagem.
“É sempre a mesma história. Apanhado, o magano chantageia seus pares ameaçando contar o que sabe.
O tempo passa, ele mede as consequências, sai de fininho, e restabelece-se a paz no andar de cima. (Se for o caso, o DEM, ex-Arena, ex-PDS, ex-PFL, muda de nome.)
Em 2001, quando foi apanhado no episódio da violação do sigilo do painel eletrônico do Senado, José Roberto Arruda ameaçou contar o que sabia caso fosse deixado ao relento.
À época ele era um quadro do PSDB e líder do governo de Fernando Henrique Cardoso no Senado. Arruda recebeu a visita de dois grão-tucanos, renunciou ao mandato de senador, escapou da cassação e foi cuidar da vida.
Ah, se o Arruda falasse... Em 2001 ele poderia ter contado como se formaram as maiorias parlamentares do tucanato.
Algumas, como a da reforma da previdência, nasceram da troca de favores, outras, como a que permitiu a reeleição dos presidentes, governadores e prefeitos, precisaram de mais alavancagem.
É verdade que Arruda nunca soube tanto quanto o ministro Sérgio Motta, mas soube bastante.
A crise dos pacotes de dinheiro nas meias de um deputado, na cueca de um dono de jornal e na bolsa de uma educadora transformou Arruda num ativo tóxico.
Ele e o senador Eduardo Azeredo, denunciado pelo caixa dois do tucanato mineiro, tornaram-se fiéis depositários do patrimônio de maus costumes da oposição. Às pizzas da nação petista, José Roberto Arruda contrapôs os panetones.
Arruda sabe que as versões apresentadas por seus advogados e pelos seus colegas são pouco mais que um exercício de escárnio.
Esse foi um estilo consagrado pelos petistas quando criaram a figura dos ‘recursos não contabilizados’.
Quatro anos depois do estouro do mensalão, os companheiros estão protegidos, alguns com mandato, outros com posições na direção partidária, todos com acesso a gestores de fundos capazes de se comover com uma história de abandono.
Arruda, com as meias e as cuecas de seus aliados, é uma conta que deve ir para o DEM, respingando nos seus tradicionais parceiros do tucanato.
Não é justo falar em mensalão numa hora dessas, mas a sorte pregou uma peça ao novo presidente do PT, o comissário José Eduardo Dutra.
No mesmo dia em que as bandalheiras de Brasília chegavam ao café da manhã da choldra, ele deu uma entrevista à repórter Vera Rosa e disse o seguinte: ‘Em toda eleição há o risco de você ter desvios, caixa dois. É inerente ao modelo’.
Dutra acha que essa inerência do modelo só será resolvida instituindo-se o financiamento público nas campanhas eleitorais. (Será que o companheiro acha que com financiamento público a rapaziada de Brasília estaria saciada?)
Em 2001 Arruda tinha a rota de fuga da renúncia. Agora essa porta perdeu a funcionalidade, pois, se for posto para fora do DEM, ele não participa da próxima eleição.
Se o Ministério Público e a Polícia Federal conseguirem a colaboração de mais um ou dois deputados distritais, os doutores (inclusive Arruda) terão motivos para temer a cadeia.
O desembaraço dos mensaleiros de todos os partidos não será inibido por reformas políticas. A única coisa de que bandido tem algum medo é da cadeia.
Esse nobre sentimento pode levar alguns sabiás a gorjear diante dos procuradores ou dos delegados”.
Escrito por Josias de Souza às 04h10
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Executiva Nacional do DEM se reúne hoje para decidir futuro de Arruda
Em São Paulo
Cúpula do DEM se reunirá nesta terça-feira para definir o futuro do governador Arruda
Na segunda-feira, as principais lideranças do DEM se reuniram para ouvir a versão de Arruda sobre a denúncia, mas a decisão sobre a situação do único governador da legenda foi adiada para hoje.
Arruda negou as acusações e, no final da tarde de ontem, em sua primeira aparição pública depois do escândalo, leu uma nota oficial na qual nega envolvimento no esquema. O governador disse na ocasião que continuará no partido, apontando que permanecerá no cargo. "Estamos firmes. A gente vai até o fim."
Deputados distritais e aliados políticos do governador, alvos da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, além do próprio Arruda, foram filmados recebendo dinheiro e guardando maços de notas em bolsas, sacolas e até dentro de meias.
Gravação da Polícia Federal mostra o ex-Secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, discutindo a divisão do dinheiro fraudulento. Na gravação, Arruda pergunta quanto Durval tem disponível e o ex-secretário fala que são R$ 420 mil para o governador distribuir como bem entender.
Durante a segunda-feira, integrantes do DEM se manifestaram a favor do afastamento. "Fiz algumas perguntas (para Arruda), não me satisfiz com as respostas e disse a ele que votaria na Executiva Nacional pela sua expulsão sumária", disse senador Demóstenes Torres (GO), que também é presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
"A decisão não vai satisfazer nem a gregos nem a troianos. Se tivermos a coragem de tomar uma atitude com o único governador que a gente tem, fica mais do que sinalizado nacionalmente que o partido não tem complacência com quem quer que seja", disse o líder do partido na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO).
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não participou da reunião da cúpula da legenda, mas interlocutores do prefeito afirmam que ele influencia pela expulsão de Arruda do partido.
Outro lado: Arruda diz que vai até o fim e não sai do cargo
Como era o esquema
A operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, descobriu uma rede de corrupção envolvendo o governo do Distrito Federal e empresas fornecedoras que desde 2004 pagam dinheiro para obter vantagens. O esquema funcionou ao longo das gestões de Joaquim Roriz (então no PMDB e hoje no PSC) e na atual, de José Roberto Arruda (DEM). O dinheiro era usado para financiar campanhas eleitorais e pagar por apoio político na Câmara Legislativa.
Parte dos recursos dados pelas empresas, diz a PF, ficava também com o governador Arruda e com os seus assessores. Os envolvidos no esquema foram filmados por Durval Barbosa, ex-assessor de Arruda, que colaborou com a PF na investigação. Quando secretário de Relações Institucionais do governo, ele era responsável por monitorar o que depois chamou de "mensalão do DEM".
De acordo com a PF, o esquema repassou R$ 600 mil mensalmente a deputados e, de 2004 a 2006, R$ 56,5 milhões para campanhas eleitorais. A PF diz também que a partilha deixava 40% dos recursos ilegais com Arruda, 30% com o vice-governador Paulo Octávio - também do DEM e dono de uma construtora - e 30% com a base aliada.
Filmado recebendo pacotes com dinheiro, Arruda teria forjado recibos no valor de R$ 90 mil para simular a origem dos recursos de caixa dois, diz Barbosa. O governador alegou que o dinheiro entregue a ele nas imagens, que seriam da campanha de 2006, serviu para comprar panetones e brindes de Natal para creches e asilos.
A PF, no entanto, acredita que a quantia teria vindo de contratos assinados por empresas privadas com a estatal de planejamento econômico, a Codeplan. Durante a campanha de 2006, Barbosa era presidente da estatal. Homem de confiança de Roriz, ele era responsável pelo sistema de informática do governo e promoveu vários contratos sem licitação considerados elevados pelo Ministério Público.
Na disputa eleitoral daquele ano, atuou como coordenador da campanha de Arruda, que mais tarde daria a ele a Secretaria de Relações Institucionais.
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O que pode acontecer
A oposição ameaça com uma CPI na Câmara Legislativa, mas também aguarda posicionamento da Justiça. No caso de impedimento de Arruda, Octávio e Prudente, o governo poderia ser assumido pelo presidente do Tribunal de Justiça, Níveo Geraldo Gonçalves. Adversários derrotados por Arruda nas eleições de 2006, como a petista Arlete Sampaio, querem a anulação daquela votação.
Há ainda a possibilidade de, se Arruda, Octávio e Prudente deixarem os cargos, uma eleição indireta na Câmara Legislativa apontar um novo ocupante para o Palácio do Buriti. Seguindo o ordenamento jurídico, sem levar em conta os aspectos políticos, assumiria o 1º Vice-Presidente da Casa, deputado Cabo Patrício (PT). O presidente do PT-DF, Chico Vigilante, defende a posse do presidente do TJ no caso de renúncia dos dois mandatários.
Se deixarem os cargos, os políticos envolvidos passam a enfrentar a Justiça comum, e não terão seus inquéritos remetidos ao Supremo Tribunal Federal (STF). Arruda nega as acusações e diz que não deixará o cargo apesar das pressões inclusive do seu partido.
*Com informações de Claudia Andrade e Piero Locatelli, em Brasília, e Maurício Savarese, em São Paulo
domingo, 29 de novembro de 2009
Vídeo mostra governador do DF recebendo dinheiro
A Folha teve acesso neste sábado (28) a cinco DVDs, entre os quais um que mostra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), recebendo dinheiro. O vídeo foi feito pelo então presidente da Codeplan (empresa do DF), Durval Barbosa, que era, até sexta-feira, secretário de Relações Institucionais de Arruda.
O secretário de Ordem Pública do DF, Roberto Giffoni, nega que o dinheiro seja propina. Seria uma colaboração recebida, em 2005, pelo então deputado José Roberto Arruda para financiar ações sociais, entre as quais a compra de panetones e brinquedos, alega.
PT do DF deve apresentar pedido de CPI para investigar governo local
Câmara DF só se manifesta após conhecer processo
Alvos de investigação já foram denunciados por corrupção
No vídeo de 30 minutos e 31 segundos, Arruda recebe um maço de notas de Barbosa. "Deixa eu pegar um negócio antes que eu me esqueça", diz Barbosa para Arruda que logo em seguida aparece com o um maço de dinheiro. "Ah, ótimo. Me dá uma cesta, um negócio", diz o governador.
Em seguida, Barbosa aparece com um envelope pardo onde o maço é guardado. Depois entra na sala uma pessoa chamada de Rodrigo e pega a sacola. A Folha obteve informação que trata-se de Rodrigo Arantes, filho adotivo de Arruda. No vídeo, Arruda e Barbosa conversam sobre a campanha.
Os outros vídeos mostram Barbosa manuseando dinheiro. O assessor de imprensa Omézio Pontes também aparece num outro vídeo recendo grande quantia de dinheiro. Arruda é o centro das investigações da operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira, quando foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão de equipamentos, dinheiro e documentos em Brasília, Goiânia e Belo Horizonte.
VEJA O VÍDEO, CLICANDO, A SEGUIR:
sábado, 28 de novembro de 2009
Polícia flagra ‘mensalão do DEM’ no governo do Distrito Federal (O Estado de S. Paulo)
Manchete: Governador do DEM é suspeito de pagar propina a deputados
PF grava José Roberto Arruda negociando repasse de dinheiro com assessor
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), é suspeito de participar e se beneficiar de um esquema de pagamento de propina a deputados aliados.
A PF fez buscas autorizadas pelo STJ em gabinetes de deputados e casas de secretários de Arruda, inclusive na residência oficial do governador – que não mora lá.
Segundo o inquérito, há indícios de formação de quadrilha, peculato, corrupção, fraude de licitação e crime eleitoral.
Numa gravação, Arruda oferece dinheiro ao secretário de Relações Institucionais do governo, Durval Rodrigues, que atuava como colaborador da PF e fazia escuta ambiental.
Cerca de R$ 600 mil seriam repassados a políticos aliados.
Segundo Durval, o governador “sempre pedia” que reservasse uma quantia mensal para suas despesas pessoais.
À noite, Arruda exonerou Durval, o secretário de Educação, José Luiz Valente, o chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, o chefe de gabinete, Fábio Simão, e o assessor de imprensa. (págs. 1, 3 e 4)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Governo do DF é acusado de corrupção
Segundo a PF, secretário gravou pedido de distribuir R$ 400 mil a aliados; Arruda (DEM) nega acusação
A Polícia Federal realizou ontem operação contra um suposto esquema de pagamento de propina envolvendo o governador José Roberto Arruda (DEM-DF).
O inquérito cita que existe gravação em que Arruda solicita a seu secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que distribua R$ 400 mil a aliados.
Arruda foi gravado pelo próprio Barbosa, que, investigado por supostos crimes relacionados a desvio de verbas públicas, passou a ser um colaborador da Justiça.
A polícia cumpriu 16 mandados de busca e apreensão de documentos em Goiás e Minas Gerais, além de Brasília. O inquérito está no Superior Tribunal de Justiça.
O dinheiro veio, segundo a PF, de empresas de informática contratadas pelo governo. Os policiais apreenderam R$ 700 mil, além de US$ 30 mil e 5 mil euros.
Arruda negou envolvimento. Disse que irregularidades vêm da gestão anterior. Demitiu Barbosa, afastou outros acusados e prometeu ajudar a PF. (págs. 1 e A4)
Relatório de operação da Polícia Federal cita tucanos
No relatório da Operação Castelo de Areia, a Polícia Federal anexou documento que revela supostos repasses ilegais da Camargo Corrêa a partidos, políticos e servidores.
O documento cita 208 obras e contratos da empreiteira de 1995 a 1998.
Há referências a seis siglas e citações a tucanos do primeiro escalão do governo estadual e da Prefeitura de São Paulo. Para o PSDB, há motivação política. (págs. 1 e A7)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Polícia flagra ‘mensalão do DEM’ no governo do DF
Suposto esquema teria até mesmo participação do governador Arruda
Uma investigação da Polícia Federal flagrou no governo José Roberto Arruda (DEM), do Distrito Federal, um suposto esquema de cobrança de propinas e distribuição do dinheiro pela base aliada, numa espécie de mensalão que envolve ao menos quatro secretários e quatro deputados distritais.
O próprio Arruda aparece em documentos orientando o secretário Durval Barbosa (Relações Institucionais) a “entregar R$ 400 mil a Maciel, para pagamento da base aliada” – em referência a José Geraldo Maciel, chefe da Casa Civil de Arruda.
O trabalho da PF contou com a colaboração de Barbosa.
O governador puniu os secretários envolvidos e informou que não pretende renunciar. A liderança do DEM disse que só se posicionará quando souber do teor das investigações. (págs. 1, A4 e A6)
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Jornal do Brasil
Escândalo atinge a cúpula do DF
Operação da Polícia Federal denunciou um escândalo na cúpula do governo do Distrito Federal. Foi revelado um suposto esquema de arrecadação e distribuição de propinas operado por autoridades, entre as quais o governador, José Roberto Arruda (DEM), que receberia R$ 400 mil para pagamento da “base aliada”. (págs. 1 e País, A7)
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Correio Braziliense
Manchete: GDF e Distrital são alvo de investigação
PF e justiça apuram suposto esquema de propinas a parlamentares
A Polícia Federal apreendeu ontem computadores e documentos nas casas e nos escritórios de 16 pessoas suspeitas de envolvimento num esquema de pagamento de propinas a deputados distritais da base de apoio ao Governo do Distrito Federal.
Entre os investigados estão secretários de estado, empresários e distritais. Denominada Caixa de Pandora, a operação da PF foi desencadeada por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após uma série de denúncias e escutas ambientais feitas pelo delegado Durval Barbosa, exonerado ontem do cargo de secretário de Relações Institucionais do GDF. Barbosa também estaria envolvido no esquema e aceitou a proposta de delação premiada oferecida pelo Ministério Público para revelá-lo.
Segundo o inquérito, o ex-policial, que ocupou cargos públicos no governo Joaquim Roriz e responde a processos por corrupção, teria gravado uma conversa com o governador Arruda em 21 de outubro.
Ontem, todos os secretários e servidores do GDF citados na operação foram afastados dos cargos. (págs. 1, 39 a 41)
domingo, 1 de novembro de 2009
A corrupção que ninguém vê (ISTOÉ)
Corrupção nanica, estrago gigante – Como a roubalheira que assola a vasta maioria dos municípios brasileiros traz tanto – ou mais – prejuízo ao País quanto os grandes escândalos. (págs. 36 a 42)
terça-feira, 22 de setembro de 2009
O PODER INVISÍVEL NO COMANDO DO PAÍS AMEAÇA A DEMOCRACIA E A ORDEM PÚBLICA - Postado por Luiz Carlos Nogueira
Luiz Carlos Nogueira
O povo assiste perplexo e anestesiado, a deformação da “democracia” brasileira que se confunde com a permissividade e abusos cometidos pela maioria dos detentores de cargos eletivos e ocupantes de cargos públicos.
A moral, a ética e a honestidade no comando dos interesses e da res publica, têm estado ausentes, porque se anulam pela psicopatia contagiante daqueles que buscam as vantagens e o enriquecimento a qualquer custo. Digo que é psicopatia porque toda ação tendente a obtenção de vantagens ilícitas, só podem ser desencadeada pela personalidade egóica desses elementos das várias facções políticas, que constituem um poder invisível que age como células cancerosas na sociedade, que crescem e se multiplicam descontroladamente, produzindo metástases, como um meio de atingir sempre mais e mais os órgãos internos, como se o corpo atacado fosse infinito ou eterno. Tais células cancerosas de tanto se alimentarem do corpo no qual se instalaram, acabam matando-o e morrendo com ele.
Carl Schmitt, in “Verfassungslehre”, Duncker&Humbolt, München-Leipzig, 1928, nos remete ao pensamento de que o poder invisível não nos representa, mas sim representa interesses outros, eis o que ele disse:
“(...)Um parlamento tem um caráter representativo apenas enquanto se acredita que sua atividade própria seja pública. Sessões secretas, acordos e decisões secretas de qualquer comitê podem ser muito significativos e importantes, mas não podem jamais ter um caráter representativo.” (p.208)
“Representar significa tornar visível e tornar presente um ser invisível mediante um ser publicamente presente. A dialética do conceito repousa no fato de que o invisível é pressuposto do ausente e ao mesmo tempo tornado presente.” (p.209)
Por conseguinte, do egoísmo deflui o poder invisível dessas oligarquias, tais como células cancerosas, que no comando da nação, estão em verdadeiro contraste com os ideais democráticos genuínos. Falta-lhes o ideal de contribuir para um maior desenvolvimento do País e a consequênte felicidade do seu povo. O que assistimos são cooptações entre Partidos (atualmente para mim, Partido sugere a idéia de algo quebrado, impróprio para o fim a que se destina) Políticos de vocações ou ideologias (se é que podemos acreditar que existem) supostamente diferentes, que buscam nessa simbiose a permanência no poder para satisfazer o desejo de ter sempre mais, sem que em tal processo ocorra rejeição porque na verdade são iguais, pois foram constituídos com o mesmo DNA — do egoísmo.
O que povo assiste são promessas não cumpridas, a falta de apoio ao sistema educacional voltado para a cidadania, porque a instrução levaria as pessoas a escolher seus representantes com mais discernimento. Convivemos com o calote e as mentiras dos políticos e dos governos. Há nos impostos um efeito de elevado confisco da renda auferida pela nossa força produtiva, que não está resolvendo as questões voltadas para a educação e saúde, porque há evasão das receitas. Não conseguimos evitar os mensalões destinados às campanhas políticas, e todas as artimanhas para subtrair o dinheiro público, como por exemplo: a farra das passagens aéreas; os cartões corporativos; a máfia das ambulâncias; funcionários (os chamados aspones) dos altos escalões dos governos fazendo cursos no exterior por conta do erário; nepotismos; ocupações de imóveis públicos sem pagamento de aluguéis; nomeações secretas e tantas outras ações perversas que se torna impraticável ficar enumerando-as aqui.
Lembro-me de quando eu era jovem (acho que foi pelos anos 50), que havia um apelo nas Emissoras de Rádio, que se iniciou dizendo por muito tempo a frase: PIOR O DO QUE A LEPRA!!! Depois que os ouvintes já haviam despertado a curiosidade de saber o que era pior, começou-se a completar a frase: CORRUPÇÃO!!!
Realmente a corrupção contamina, apodrece e corrói todo um sistema de governo, qualquer que seja ele. Atualmente a corrupção do Brasil atinge níveis insuportáveis, que fazem inveja aos imperadores, senadores e cônsules da Roma Antiga, acostumados na sacanagem, orgias, e traições.
Até parece que a história se repete em nossos dias. Por exemplo, para quem ainda não sabe, o Imperador Romano Calígula, tinha um cavalo com o nome de Incitatus, que era o seu preferido, e que segundo o escritor Gaius Suetonius Tranquillus (Caio Suetónio Tranquilo) que fez a biografia de Calígula, Incitatus tinha cerca de dezoito criados pessoais, era enfeitado com um colar de pedras preciosas e dormia no meio de mantas de cor púrpura (a cor púrpura era destinada somente aos trajes imperiais, ou seja, era um monopólio real). Foi-lhe também dedicada uma estátua em tamanho real de mármore com um pedestal em marfim. Conta a história que Calígula incluiu o nome de Incitatus no rol dos senadores e ponderou a hipótese de fazer dele cônsul. (Wikpédia, Enciclopédia Livre)
A diferença é que em Roma o sistema de governo não era democrático. Agora no Brasil o que um cavalo poderia entender por democracia? Outras ilações ficam por conta do leitor.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Presa chefe de agência da Previdência Social de Cuiabá
As investigações começaram a ser feitas em 2008, quando uma pensionista tentou realizar um financiamento de banco e foi informada que seu CPF estava com restrições de crédito. No Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ela descobriu que havia quatro benefícios registrados em seu CPF. Todos utilizavam nomes semelhantes ao da verdadeira titular, mas havia alterações de dados, como mudanças no sobrenome, filiação, data de nascimento e motivo da autorização do benefício.
A polícia diz que a servidora estava com o cartão de saque referente a dois dos três benefícios comprovadamente fraudados e que eram concedidos desde 1994. Somente com esses benefícios, foram recebidos R$ 956.850 desde a concessão. Na realização de diligências, os policiais descobriram que os saques referentes aos benefícios partiam de certas agências por ocasião dos pagamentos. Imagens do circuito interno dos bancos auxiliaram na determinação das características físicas de quem realizava o saque.
Ao fazer a abordagem, ela afirmou que sacava para uma "tia distante", mas não soube explicar onde morava a tal tia, apenas que era em Barão de Melgaço, no interior do Mato Grosso. Ela portava o cartão de saque de dois dos três benefícios fraudulentos. A mulher presa ocupa atualmente a chefia do serviço de benefícios da Agência da Previdência Social do Centro em Cuiabá. Entre 2004 e 2006, ela ocupava o cargo de Gerente de Serviços de Benefícios em Mato Grosso.
- MUDAR TAMANHO DA LETRA
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009
ANTE A VORAGEM DOS INTERESSES EGOÍSTAS E DAS ENGANAÇÕES SÓRDIDAS - O DRAMA DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO INSS
Luiz Carlos Nogueira
A pequena parte pensante do povo brasileiro vive indignada com a má índole da maior parte dos políticos, e dos que ocupam cargos públicos de relevância social.
Alguém já disse que “a ignorância é a nutriz do erro e a mãe de todos os vícios”. Esse pensamento é muito certo, porque a ignorância e o analfabetismo político da maioria do povo e da maioria egoísta e mal-intencionada dos políticos ou ocupantes de cargos públicos, que na busca de interesses próprios e de castas, provocam um efeito pernicioso sobre as pessoas e sociedade como um todo, ferindo de morte a saúde psicossocial.
Não é preciso ser psicólogo ou psiquiatra para perceber nos semblantes das pessoas, o desolamento, a ansiedade, sintomas de doenças psicossomáticas, e a pior de todas — a depressão.
Tais doenças acabam afetando o universo social de maneira contundente. Augusto Cury, em seu livro “O Futuro da Humanidade”, Rio de Janeiro: Sextante, 2005, p. 85, (leitura recomendada) no diálogo entre as personagens da estória, faz de certa forma uma denúncia:
“[...] Comentou que o princípio da co-responsabilidade inevitável demonstra que as relações humanas são uma grande teia multifocal. Revela que ninguém é uma ilha física, psíquica e social dentro da humanidade. Todos somos influenciados pelos outros. Todos nossos atos, quer sejam conscientes ou inconscientes, que sejam atitudes construtivas ou destrutivas, alteram os acontecimentos e o desenvolvimento da própria humanidade.
Qualquer ser humano — intelectual ou iletrado, rico ou pobre, medico ou paciente, ativista ou alienado — é afetado pela sociedade e, por sua vez, interfere nas conquistas e perdas da própria sociedade através de seus comportamentos. [...] queria dizer que todos são co-responsáveis pelo futuro da humanidade e do planeta como um todo.”
Mais adiante (p.93), o Dr. Cury, na continuação do diálogo diz:
“[...]a sensibilidade estava morrendo na humanidade[...]
— Estamos doentes. [...]
— Os líderes da sociedade são adultos?
— Obviamente são adultos.
— [...] — Eles têm insônia ou não por tais sofrimentos? — [...] Se eles dormem e sentem-se tranqüilos, são crianças. Só uma criança não tem consciência das misérias dos outros e não é responsável por elas. Só uma criança come fartamente e dorme serenamente enquanto há outras crianças morrendo de fome.[...]”
Um dos exemplos dessa criancice, é o que atualmente estamos assistindo — uma busca desesperada dos aposentados e pensionistas do INSS, para terem seus “benefícios” (é incrível, mas chamam isso benefícios – ora, são benefícios para aqueles que nunca contribuíram) previdenciários recompostos, que possam lhes devolver o poder de compra, a fim de poderem fazer frente às despesas com as suas necessidades básicas, principalmente de medicamentos.
Felizmente os projetos, de autoria dos senadores Tião Viana (AC) e Paulo Paim (RS), foram aprovados no Senado, para e extinção do fator previdenciário que havia sido criado em 1998 pelo governo neoliberal de FHC, e que pelo que se sabe, teve como artífice desse modelo perverso, a ex-secretária de Previdência Complementar Solange Vieira, que já chegou a declarar que isto representará uma “perda para a sociedade”. Agora, os projetos serão discutidos na Câmara dos Deputados. Veremos.
Perda para sociedade?
Então como é que se justificam as gastanças com as farras por conta do erário? O que dizer dos cartões corporativos? Das passagens aéreas utilizadas para passeios dos parlamentares e seus familiares, inclusive no exterior? Das ocupações de imóveis públicos sem pagar aluguel? Das nomeações de parentes ganhando salários altíssimos sem trabalhar? Do aumento do número de vereadores? Dos assessores de Senadores que são mandados fazer cursos no exterior, por conta da Instituição? Das ajudas financeiras aos Bancos, quando os nossos aposentados estão vivendo precariamente, salvo aqueles cujas “aposentadorias milagrosas” ultrapassem do teto máximo de 20 salários-mínimos, teto esse sobre o qual muitos contribuíram pelo maior tempo da vida laboral, até que o governo FHC reduziu para 10 salários-mínimos. Quem contribuiu pelos 20 sms ficou chupando os dedos como dizem.
Só falta — queimar todos os exemplares da nossa Constituição e o Estatuto do Idoso, e fazer como Hitler — mandar os idosos para a câmara de gás, para sobrar mais dinheiro para as “picaretagens”. Mas será que na eliminação dos idosos seriam incluídos os pais desses políticos e ocupantes de cargos públicos, que não respeitam quem já produziu muito neste País, que desde muito tempo sustentou e vem sustentando através dos impostos pagos, as sinecuras hereditárias dos verdadeiros “vagabundos”, palavra esta que o presidente (presidente veneno – BHC, como muitos o chamam) adjetivou os aposentados?
É preciso lembrar que esses aposentados de hoje, foram os que contribuíram para a Previdência Social, acreditando que quando ficassem idosos, pudessem ter uma qualidade de vida que todo ser humano tem direito. Como resultado disso — foram enganados e estão sendo tratados como lixo social.
Depois os “picaretas” de plantão, acham ruim e querem posar de santos, quando surgem os Lampiões, os Marighellas, os Lamarcas, Os Che Guevaras, e tantos outros. Eles, os Robin Hoods que agem ao contrário da lenda (tiram dos muitos pobres para enriquecer os poucos abastados), a maioria dos políticos e ocupantes de cargos públicos mal-intencionados, inescrupulosos, insensíveis, egoístas e mentalmente crianças cheios de birra, capachos do sistema — são os criadores desse gênero de revoltados.
São esses mesmos “picaretas” que fazem da democracia esculhambação deplorável — um sistema do faz de conta. São eles que invertem os valores. São eles que permitem a exploração dos jogos de azar; o tráfico de drogas e de trabalhadores escravos. São eles que permitem a exploração sexual de menores. São eles que querem ocupar posições não para promover a melhoria de vida das pessoas — mas só para receber altos salários.
A sociedade brasileira vive à mercê dos bandidos de todos os tipos. E quando alguém resolve combater o crime organizado, de colarinho branco, a máfia das ambulâncias, promotores de mensalões e outras mazelas praticadas contra as pessoas, a sociedade e o erário, o azar será só desse alguém, pois de mocinho acaba sendo bandido, por conta do poder desses salafrários, que pelo cinismo e a pusilanimidade não se envergonham das coisas ruins que fazem. Até seus filhos criados vendo os maus exemplos dos seus pais, devem achar tudo normal porque não se sentem envergonhados.
Por fim, é por essas patifarias que os aposentados e pensionistas do INSS se sentem impotentes ante as voragens dos interesses egoístas e das enganações sórdidas. Mas, se os aposentados entenderem que podem não votar nessas escórias e ainda podem pedir para seus filhos não votarem também, os políticos podres, fichas-sujas, serão banidos da vida pública. JÁ É TEMPO DE PROMOVERMOS UMA LIMPEZA NO CONGRESSO NACIONAL, ATRAVÉS DE UMA REVOLUÇÃO SILENCIOSA, MAS EFICÁZ — O VOTO.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Rolando Boldrin declamando - postado por Luiz Carlos Nogueira
http://www.youtube.com/watch?v=ERTmvOll87s
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
PROCLAMAÇÃO AO POVO BRASILEIRO - postado por Luiz Carlos Nogueira
a publica a notória propagação do germe da corrupção no território pátrio, como se fosse epidemia, contaminando e destruindo os princípios morais e básicos da civilidade, afetando a todos, inclusive comprometendo as futuras gerações;
o inconformismo com a impunidade dos afortunados pela ilicitude, que afeta e corrói a formação moral da sociedade brasileira, na certez de que, todos, igualmente, devem responder por seus atos e ser punidos proporcionalmente à falta cometida;
a urgência de uma reforma nas estruturas dos Poderes constuídos, como passo fundamental para que sejam eliminadas as causas das mazelas que vêm afligindo a cidadania;
o necessário envolvimento das entidades civis organizadas e do povo em geral, na luta para superação dos desmandos e na reconstrução de uma sociedade mais ética, fraterna e solidária;
o importante papel da Maçõnaria, organizada nas Grandes Lojas Maçônicas, na deflagração da luta contra os males que vêm causando tantos danos ao povo, na esperança de que, com a participação de todos, sejam alcançadas as mudanças culturais e estruturais, para que, num futuro próximo, a família brasileira possa usufruir de um País mais justo e perfeito.
Goiânia - GO, 11 a 16 de julho de 2009.
RUY ROCHA DE MACEDOGrão-Mestre da M:. R:. Grande Loja Maçônica do Estado do Goiás e Presidente da XXXVIII Assembléia Geral Ordinária da C.M.S.B.
NATHANIEL CARNEIRO NETOSecretário Geral
Assinam os 27 (vinte e sete) Grão-Mestres das Grandes Lojas Maçônicas do Brasil, a saber:
Pedro Luis LongoAcre
Ivanildo Marinho GuedesAlagoas
Bernardino Senna Ferreira FilhoAmapá
René Levy AguiarAmazonas
Itamar Assis SantosBahia
Juvenal Batista AmaralDistrito Federal
Etevaldo Barcelos FonteneleCeará
Sérgio Muniz GianordoliEspírito Santo
Naíton Pereira da SilvaGoiás
Raimundo N. S. PereiraMaranhão
José Carlos de AlmeidaMato Grosso
Jordão Abreu da Silva FilhoMato Grosso do Sul
Janir Adir MoreiraMinas Gerais
José Nazareno N. LimaPará
Marcos Antônio de Araújo LeiteParaíba
João Carlos SilveiraParaná
Milton Gouveia da Silva FilhoPernambuco
Reginaldo Rufino LealPiauí
Waldemar ZveiterRio de Janeiro
Luiz Carlos R. da SilvaRio Grande do Norte
Gilberto Moreira MussiRio Grande do Sul
Juscelino M. do AmaralRondônia
Lindberg Melo da SilvaRoraima
José Domingos RodriguesSanta Catarina
Francisco Gomes da SilvaSão Paulo
José Valter R. dos SantosSergipe
Jair de Alcântara PaniagoTocantins
Fonte: CONFEDERAÇÃO DA MAÇONARIA SIMBÓLICA DO BRASIL - C.M.S.B http://www.cmsb.org.br/cmsb_2009.php
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
VOCÊ ENTREGARIA O ANEL DE GIGES PARA UM POLÍTICO “FICHA-SUJA”? - Luiz Carlos Nogueira
“Giges, o Lídio, era pastor a serviço do rei que naquela época governava a Lídia. Certo dia, durante uma violenta tempestade acompanhada de um terremoto, o solo fendeu-se e formou-se um precipício perto do lugar onde o seu rebanho pastava. Tomado de assombro, desceu ao fundo do abismo e, entre outras maravilhas que a lenda enumera, viu um cavalo de bronze oco, cheio de pequenas aberturas; debruçando-se para o interior, viu um cadáver que parecia maior do que o de um homem e que tinha na mão um anel de ouro, de que se apoderou; depois partiu sem levar mais nada. Com esse anel no dedo, foi assistir à assembléia habitual dos pastores, que se realizava todos os meses, para informar ao rei o estado dos seus rebanhos. Tendo ocupado o seu lugar no meio dos outros, virou sem querer o engaste do anel, para o interior da mão; imediatamente se tomou invisível aos seus vizinhos, que falaram dele como se não se encontrasse ali. Assustado, apalpou novamente o anel, virou o engaste para fora e tomou-se visível.Tendo-se apercebido disso, repetiu a experiência, para ver se o anel tinha realmente esse poder; reproduziu-se o mesmo prodígio: virando o engaste para dentro, tomava-se invisível; para fora, visível. Assim que teve a certeza, conseguiu juntar-se aos mensageiros que iriam ter com o rei. Chegando ao palácio, seduziu a rainha, conspirou com ela a morte do rei, matou-o e obteve assim o poder.”
Fazendo uma pequena digressão, Bolivar Lamounier em sua apresentação da obra “Breviário dos Políticos”, do Cardeal Mazarin, Editora. 34 Ltda, S.Paulo, 1997, diz que: “Quem quiser fazer o bem terá de buscar o poder, tanto quanto quem quer fazer o mal.”
Prosseguindo, dizia Platão: “Se existissem dois anéis desta natureza e o justo recebesse um, o injusto outro, é provável que nenhum fosse de caráter tão firme para perseverar na justiça e para ter a coragem de não se apoderar dos bens de outrem, sendo que poderia tirar sem receio o que quisesse da ágora, introduzir-se nas casas para se unir a quem lhe agradasse, matar uns, romper os grilhões a outros e fazer o que lhe aprouvesse, tornando-se igual a um deus entre os homens. Agindo assim, nada o diferenciaria do mau: ambos tenderiam para o mesmo fim.”
Platão contava esta estória, para mostrar que ninguém é justo voluntariamente, mas por obrigação, não sendo a justiça um bem individual, visto que com raríssimas exceções, as pessoas no seu interesse próprio, tendo a oportunidade de cometer a injustiça, comete-a.
Ensinava ainda Platão, que "Os homens pretendem que, por natureza, é bom cometer a injustiça e mau sofrê-la, mas que há mais mal em sofrê-la do que bem em cometê-la", daí nasceram as leis e as convenções e considerou-se legítimo e justo o que prescrevia a lei.
“Com efeito, todo homem pensa que a injustiça é individualmente mais proveitosa que a justiça, e pensa isto com razão, segundo os partidários desta doutrina. Pois, se alguém recebesse a permissão de que falei e jamais quisesse cometer a injustiça nem tocar no bem de outrem, pareceria o mais infeliz dos homens e o mais insensato àqueles que soubessem da sua conduta; em presença uns dos outros, elogiá-lo-iam, mas para se enganarem mutuamente e por causa do medo de se tomarem vítimas da injustiça.”
Pois bem, mas o que isto tem a ver com os políticos? Por acaso não estamos presenciando muitos deles se enganarem mutuamente, elogiando uns aos outros, invocando seus currículos e suas histórias mal contadas, para se manterem no poder e assim viverem gozando das suas patifarias sem serem molestados? Garantindo-se mutuamente na impunidade?
Desde de 1.513 quando o italiano Niccolò di Bernardo Machiavelli (Nicolau Maquiavel) escreveu sua mais importante obra “O Príncipe”, só os políticos mais astutos e perversos tem aprendido com ela, porque são raras as pessoas do povo que tem o hábito da leitura, que desenvolve o senso crítico e desperta o espírito.
Aliás, os políticos astutos e perversos são como ervas daninhas que sufocam e matam as ervas medicinais dos canteiros (essas últimas são as honrosas e poucas exceções que representam alguns políticos).
Então já está na hora de aprendermos a aplicar um defensivo contra essas ervas daninhas — não votando nos “fichas-sujas”, nos pusilânimes, nos escroques, nos fanfarrões, nos podres, ou para melhor classificá-los — bandidos.
Do contrário, seria como entregarmos o Anel de Giges, o Lídio, para qualquer político podre, especialmente para os “fichas-sujas”, pois já basta os “sem-voto”, quase sempre da mesma laia, que conseguiram através das artimanhas partidárias, ocupar uma cadeira legislativa ou executiva.
Para os eleitores que não sabem — eu explico: os suplentes e vices, não precisam ser votados, porque entram na vida pública na garupa dos candidatos titulares, ocupando as vagas abertas quando os titulares morrem ou são guindados para ocupar qualquer outro cargo político dos Governos.
Portanto, o eleitor honesto e inteligente, tem o dever como cidadão, de procurar conhecer a vida pregressa de cada candidato, antes de votar. O nosso voto é como o Anel de Giges que pode ir para os dedos dos maus.