sábado, 25 de julho de 2009

Protógenes diz que Daniel Dantas "fabrica mentira"


Luiz Carlos Murauskas/Lula Marques/Folha Imagem
O delegado federal Protógenes Queiroz (à dir.) acusou Dantas de "fabricar mentiras"


da Folha de S.Paulo

O delegado federal Protógenes Queiroz, ex-coordenador da Operação Satiagraha, disse que sua resposta às acusações feitas pelo banqueiro Daniel Dantas em entrevista concedida à Folha são as recentes decisões judiciais nos processos derivados da operação.

"Tenho provas de que dinheiro da BrT bancou a Satiagraha", diz Daniel Dantas

"Para qualquer tentativa de desqualificar a Satiagraha e os policiais que nela trabalharam, a melhor resposta é a condenação à pena de dez anos de reclusão, multa de R$ 13 milhões e bloqueio de US$ 3 bilhões", disse.

"Todos os dados da operação foram, de forma inusitada, auditados por três investigações, duas da Polícia Federal e uma CPI. Só resta ao banqueiro bandido se defender tentando criar escândalos e fabricando mentiras", declarou Protógenes.

O Ministério Público Federal, procurado para comentar o assunto, não havia se manifestado até o fechamento desta edição.

O juiz federal Fausto De Sanctis informou ontem à noite que não gostaria de comentar as alegações do banqueiro a seu respeito. Ele afirmou que se sente impedido de falar sobre as afirmações. Dantas é réu em dois processos que correm na 6ª Vara Federal de São Paulo.

O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que o indiciamento de Dantas na comissão "foi baseado em fartas provas materiais, não na opinião de ninguém".

O deputado disse que "dois contratos, de R$ 50 milhões, foram assinados pela BrT com Marcos Valério sem que nem mesmo o departamento de marketing da telefônica soubesse".

A assessoria de comunicação do Citibank, que participou do controle da Brasil Telecom entre 2005 e 2008, preferiu não comentar as declarações de Dantas: "O Citi tem como política não comentar especulações de qualquer natureza".

A Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) preferiu não se manifestar. Procuradas pela reportagem, o Banco do Brasil e a direção geral da Polícia Federal, em Brasília, informaram, por meio de suas assessorias, que não comentariam o assunto. A Folha não conseguiu contato com o ex-ministro Luiz Gushiken e com a Telecom Itali

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