sábado, 6 de junho de 2015

Lava Jato: empreiteiras querem pagar por perdão do governo

Portal Terra
As empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato fizeram uma proposta para o governo federal em que pedem o pagamento integral de indenizações em troca de perdão pelo prejuízo causado no caso de corrupção envolvendo a Petrobras. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
As empresas querem ainda que o acordo de ressarcimento dos valores desviados passe da Controladoria Geral da União (CGU) para a Advocacia Geral da União (AGU). Hoje, o maior receio delas é que a Justiça as condene a não possam mais firmar contratos com o poder público, levando muitas delas à falência.
Uma outra punição às empresas proposta nesta nova fórmula seria que parte do ressarcimento ocorresse em forma de ações que dão poder decisório no comando das empresas. Os papéis seriam posteriormente leiloados no mercado.
A proposta enfrenta dificuldades para ser aceita tanto pelo governo como pelo Ministério Público Federal (MPF). Ministros avaliam que aceitar as condições poderia passar a ideia de que o governo está salvando as empresas que cometeram crimes. O MPF, que conduz processos de idoneidade paralelos, já se manifestou a favor de um acordo do tipo.
Tags: construtoras, federal, Ministério, perdão, público

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, é indiciado por quatro crimes pela Polícia Federal


Futebol

1/6/2015 às 19h07 (Atualizado em 1/6/2015 às 19h46)

Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, é indiciado por quatro crimes pela Polícia Federal

Denúncias começaram com uma série de reportagens do Jornal da Record
Do R7
Ricardo Teixeira foi indiciado pela PF por quatro crimes Getty Images
Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), foi indiciado pela Polícia Federal por quatro crimes, segundo reportagem publicada o site da revista Época e confirmada por uma fonte da Polícia Federal ouvida pelo R7: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documento público.
As denúncias contra o cartola tiveram origem em uma série de reportagens do Jornal da Record, e influenciaram diretamente na saída de Teixeira do comando da CBF, em 2012.
O Jornal da Record trouxe à tona o esquema de propina envolvendo as empresas ISL e Sanud, entre outros, que teriam rendido mais de US$ 9,5 milhões a Teixeira e seu sogro, o ex-presidente da Fifa João Havelange.
Também segundo a reportagem da Época, Teixeira movimentou R$ 464,56 milhões em suas contas durante o período da Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil. O cartola foi presidente do Comitê Organizador Local da Copa entre 2009 e 2012, quando renunciou ao cargo.
Procurador da República apoia Romário e pede "grande limpeza"
Diz o documento obtido pela revista: “Juntada das informações do Coaf, onde constam informações sobre altas movimentações financeiras realizadas por Ricardo Terra Teixeira, no montante de R$ 464.560.000,00 ( quatrocentos e sessenta e quatro milhões, quinhentos e sessenta mil reais), entre os anos de 2009 e 2012, sendo que tais foram considerados atípicos pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)".
O relatório da Polícia Federal informou ainda que Teixeira mantinha contas no exterior e repatriou valores para poder comprar um apartamento no valor de R$ 720 mil, no Rio de Janeiro, que valeria, na verdade, cerca de R$ 2 milhões. Quem vendeu o apartamento para Ricardo Teixeira foi Cláudio Abrahão. Sua família é dona do Grupo Águia, fornecedor da CBF.
Ricardo Teixeira tem ainda outras propriedades milionárias, no Brasil e no exterior, que não condizem com os salários que recebia como presidente da CBF.
O cartola também está sendo investigado no escândalo de corrupção da Fifa que já mandou sete dirigentes para a cadeia, mas, até o momento, seu nome não apareceu como envolvido.
  • Espalhe por aí: