Futebol
1/6/2015 às 19h07 (Atualizado em 1/6/2015 às 19h46)
Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, é indiciado por quatro crimes pela Polícia Federal
Denúncias começaram com uma série de reportagens do Jornal da Record
Ricardo Teixeira foi indiciado pela PF por quatro crimes
Getty Images
As denúncias contra o cartola tiveram origem em uma série de reportagens do Jornal da Record, e influenciaram diretamente na saída de Teixeira do comando da CBF, em 2012.
O Jornal da Record trouxe à tona o esquema de propina envolvendo as empresas ISL e Sanud, entre outros, que teriam rendido mais de US$ 9,5 milhões a Teixeira e seu sogro, o ex-presidente da Fifa João Havelange.
Também segundo a reportagem da Época, Teixeira movimentou R$ 464,56 milhões em suas contas durante o período da Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil. O cartola foi presidente do Comitê Organizador Local da Copa entre 2009 e 2012, quando renunciou ao cargo.
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Diz o documento obtido pela revista: “Juntada das informações do Coaf, onde constam informações sobre altas movimentações financeiras realizadas por Ricardo Terra Teixeira, no montante de R$ 464.560.000,00 ( quatrocentos e sessenta e quatro milhões, quinhentos e sessenta mil reais), entre os anos de 2009 e 2012, sendo que tais foram considerados atípicos pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)".
O relatório da Polícia Federal informou ainda que Teixeira mantinha contas no exterior e repatriou valores para poder comprar um apartamento no valor de R$ 720 mil, no Rio de Janeiro, que valeria, na verdade, cerca de R$ 2 milhões. Quem vendeu o apartamento para Ricardo Teixeira foi Cláudio Abrahão. Sua família é dona do Grupo Águia, fornecedor da CBF.
Ricardo Teixeira tem ainda outras propriedades milionárias, no Brasil e no exterior, que não condizem com os salários que recebia como presidente da CBF.
O cartola também está sendo investigado no escândalo de corrupção da Fifa que já mandou sete dirigentes para a cadeia, mas, até o momento, seu nome não apareceu como envolvido.
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