quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Secretário de Saúde do Estado do Rio é exonerado

Condenado por uso indevido de verbas em publicidade, Sérgio Côrtes chegou a ser anunciado como ministro da Saúde por Sérgio Cabral, o que não se confirmou

Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
Secretário Estadual de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, foi condenado por desviar verba da saúde para propaganda do governo
Secretário Estadual de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, foi condenado por desviar verba da saúde para propaganda do governo (Paulo Alvadia/ Agência O Dia )
(Atualizado às 16h10)
O secretário estadual de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes está oficialmente fora do governo de Sérgio Cabral (PMDB). A saída, que já estava acertada com o governador, ocorre pouco depois de uma condenação na Justiça por ter aplicado em publicidade verbas destinadas à saúde como secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro. Os planos do agora ex-secretário são de estudar em duas das instituições de ensino mais renomadas do mundo, a Universidade Harvard e no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston. nos Estados Unidos. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Executivo do Estado do Rio de Janeiro nesta quinta-feira.
Na sentença da juíza Simone Lopes da Costa, da 8ª Vara de Fazenda Pública do estado do Rio de Janeiro, Côrtes e o subsecretário de Comunicação Social, Ricardo Luiz Rocha Cota, foram condenados a dividir solidariamente com o Estado a devolução dos valores gastos nos contratos de publicidade. O valor ainda será determinado em liquidação. Côrtes está recorrendo das decisões de condenação.
Ex-diretor-geral do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), Côrtes teve como prioridade de sua gestão, entre 2007 e 2013, a instalação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que são centros de pequeno porte dedicados à atenção intermediária. O objetivo das unidades é, principalmente, desafogar grandes hospitais gerais e emergências, evitando que pacientes com quadro de menor complexidade inflem as filas.
As UPAs também estiveram envolvidas em denúncias de superfaturamento. Num dos casos, de contratação irregular de ambulâncias da Toesa, o subsecretário Cesar Romero Vianna Junior, um dos acusados na Justiça pelo Ministério Público, acabou exonerado do cargo de subsecretário. Ele é primo da esposa de Côrtes e já trabalhou com Côrtes no Into. No lugar de Côrtes, deve assumir o diretor do Into, Marcos Esner Musafir.
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